É realizada uma prévia dentro do PT para a escolha do candidato. O senador Eduardo Suplicy, de São Paulo, também lançara seu nome, como alternativa. O sindicalista é praticamente aclamado, obtendo 80% dos votos. Lula impõe duas condições: só seria candidato se o PT firmasse um amplo leque de alianças, capaz de envolver em torno de seu nome representantes de vários setores da sociedade, inclusive aqueles tradicionalmente arredios ao partido. Queria um vice ligado ao meio empresarial.
O nome de José Alencar Gomes da Silva é oficializado como vice de Lula. Dessa vez, seu vice é um empresário mineiro, industrial do setor têxtil e ex-presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais. A dupla é festejada como uma conveniente união capital-trabalho. As duas biografias têm pontos comuns. Ambos tiveram infâncias pobres, começaram a trabalhar cedo, não cursaram ensino superior e tornaram-se lideranças sindicais, cada um à sua maneira: um representando os trabalhadores; o outro o patronato. Para concorrer, Alencar trocara o PMDB pelo Partido Liberal (PL), uma legenda conservadora com forte identificação evangélica.