O combate à fome sempre foi uma obsessão dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT. Em seu discurso de posse, em 2003, Lula afirmou: “se, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida” . Prova disso é o fato de o Programa Bolsa Família e seus desdobramentos haverem tirado, pela primeira vez, o Brasil do Mapa da Fome, em 2014.
No Brasil de Bolsonaro, no entanto, a realidade é outra: entre 2018 e 2020, 7,5 milhões de brasileiros passaram ao menos um dia inteiro sem se alimentar (insegurança alimentar grave) e quase um quarto dos brasileiros (23,5%) passou por insegurança alimentar moderada (dificuldade e restrição no acesso a alimentos – não faz as 3 refeições por dia) entre 2018 e 2020, o que significa ao todo 49,6 milhões de pessoas. O número de pessoas em insegurança alimentar grave (7,5 milhões ) é quase o dobro do que se verificava entre 2014 e 2016, quando 3,9 milhões de brasileiros passavam por essa situação.
“Eu não consigo imaginar como é que a gente pode dormir tranquilo quando a gente sabe que a cidade mais rica da América Latina tem milhares de crianças dormindo debaixo de uma lona na calçada”, Lula.