Bolsonaro se elegeu mentindo que combateria a corrupção, mas não param os escândalos envolvendo ele e sua família. A PF pediu a quebra de sigilo bancário do funcionário mais próximo do presidente, o militar que ocupa o cargo de Ajudante de Ordem, Mauro César Barbosa Cid. O pedido foi feito pela suspeita levantada pela PF de que o presidente estaria usando dinheiro de seu cartão corporativo – ou seja, público – para despesas pessoais e escondendo as transações através de saques e depósitos fracionados. Esse modo de agir te lembra uma história recente? Isso mesmo, é como funcionava o esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro.
As transações encontradas e que levantaram suspeitas da PF envolvem pagamento de mensalidade para uma tia de Bolsonaro, que teria prestado serviço de babá para a filha do presidente na ausência da mãe e do pai. Além de despesas da Dondoca da República com roupas, manicure, cabeleireiro e outras que não foram mencionadas. As informações sobre as suspeitas da PF e da autorização da quebra de sigilo de dados do funcionário do presidente foram revelados na segunda-feira (26).
Como a PF chegou até a suspeita da rachadinha de Bolsonaro no Palácio do Planalto
A possível rachadinha no Palácio do Planalto foi descoberta enquanto a Polícia Federal analisava dados telemáticos de Mauro Cid em investigação sobre outro crime de Bolsonaro: o do vazamento do inquérito do TSE. Mas, como ele é um dos funcionários mais próximos do presidente dentro do Palácio, ele também é investigado por estar presente na live semanal do presidente em que ele disse a fake news de que a vacina contra covid-19 teria relação com o desenvolvimento de casos de AIDS. Bolsonaro incentivou a desinformação no combate à pandemia, quando a vacina era a única forma de conter a disseminação do coronavírus, e deixou milhares de brasileiros morrerem.
Ou seja, o possível crime de rachadinha foi encontrado porque duas outras investigações, de crimes diferentes cometidos por Bolsonaro, estavam sendo investigados. É esse o político que foi eleito defendendo a bandeira “anti-corrupção” (com muitas aspas) e que agora quer se passar por honesto. Bolsonaro honesto? Fake News!
