Com Lula, Luz para Todos. Com Bolsonaro, Luz para Poucos

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Quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência, em 2003, mais de 12,5 milhões de brasileiros viviam sem energia elétrica em suas casas e comunidades. Desses, 90% tinham renda inferior a três salários mínimos. Ainda no primeiro ano de governo, Lula implementou o Programa Luz para Todos, dentro da estratégia de investimentos de recursos na redução da pobreza no meio rural. Fez-se luz em municípios do interior, comunidades quilombolas, aldeias indígenas.

No Luz para Todos, os recursos eram do governo federal e dos parceiros estaduais, sem nenhum custo de instalação para o usuário. Em 2013, o programa completou 10 anos e atingiu a marca de 15 milhões de pessoas beneficiadas, recebendo elogios da ONU, que afirmou que a iniciativa brasileira era um exemplo a ser seguido pelas demais nações.

Pesquisas mostravam que a satisfação entre os beneficiários do programa era de mais de 97%. Quase 82% das mulheres das comunidades beneficiadas afirmaram que a sensação de segurança havia aumentado. Nas áreas rurais alcançadas pelo Luz para Todos, houve melhora na renda de 41,2% das famílias e melhora na produção agrícola para 31,8% das pessoas. O programa é tão bom que nem o ex-presidente Michel Temer teve coragem de acabar com ele, prorrogando-o até 2022.

Já Bolsonaro faz questão de governar para poucos. Seu ministro da Educação – aquele famoso por pregar a volta de castigos físicos contra alunos – não cansa de dizer que a universidade deve ser para poucos. Seu ministro da Economia – o posto Ipiranga do caos – não esconde seu ódio de pobres, em todas as esferas: critica financiamento de ensino superior, viagens e até comida para pobres. Em uma de suas últimas declarações, Paulo Guedes perguntou: “qual é o problema de a conta de luz ficar um pouco mais cara?”.

Com Bolsonaro, a luz é para poucos. O aumento da bandeira vermelha da conta de energia elétrica terá alta de até 58%, fruto da falta de gestão do governo frente à crise hídrica, combinada à política de privatizações. Quem paga a conta é o cidadão. Nas palavras de Guedes, “não adianta ficar sentado chorando” por causa da alta abusiva da conta luz. Vale lembrar que a energia elétrica é um dos carros chefes da inflação descontrolada. Às vésperas de um apagão, a grande ação de Bolsonaro é pedir, em sua live semanal, que as pessoas apaguem uma luz de suas casas.