Agradecimentos de Gil do Vigor e Thelminha geram reação das milícias digitais

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Durante os últimos dias, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais são os agradecimentos dos ex-BBBs Gil e Thelminha ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a suas políticas de inclusão educacional e social. As falas emocionadas sobre o Prouni e sobre a expansão do acesso à universidade ecoaram pela internet, e causaram incômodo às milícias digitais bolsonaristas. Como suas únicas estratégias são as mentiras e o ódio, passaram a requentar mais uma leva de fake news, com vídeo montagens para fazer parecer que Lula havia proferido falas racistas.

Lula, Thelminha e Gil do Vigor se encontraram na noite de quarta (1), no Triangulando, programa de entrevistas da campeã do BBB 20, acompanhados por Celso Athayde e Linn da Quebrada. Falando para fora das bolhas de discussão de política, os agradecimentos de Gil e Thelminha calaram fundo em milhares de outras pessoas que se formaram graças à revolução na educação que os governos de Lula e do PT promoveram no Brasil.

Foram criadas mais de 4,5 milhões de vagas em universidades públicas e privadas, resultado de programas como o Prouni (que cria bolsas totais e parciais em universidades privadas, como aquela que beneficiou Thelminha) e o Reuni (que ampliou os câmpus e as vagas das universidades federais, possibilitando a entrada de Gil na UFPE), além da implementação do sistema de cotas. A educação, grande pilar de Lula, liberta e transforma vidas, o que sempre incomodou a elite do “universidade para poucos”. Sinal disso é o fato de a primeira universidade brasileira haver sido criada apenas em 1920, enquanto a primeira universidade na América Latina foi criada em 1538, em São Domingos, e a segunda em 1551, no Peru.

Bolsonaro e seus apoiadores são o exemplo que a educação continua a incomodar, vide as declarações do atual ministro da pasta, que acredita que a universidade deve ser para poucos. Preferem o ódio, o racismo, as mentiras e a destruição. Voltaram a propagar fake news de maio, que traz vídeo montagem para sugerir fala racista de Lula. É nitidamente uma mentira: Lula criticava o racismo de parte da classe dominante. A íntegra da fala de Lula é (conforme se pode verificar no vídeo abaixo): “Tem uma classe que é originária do escravagismo nesse país, que ela acha que é o seguinte: só tem que ter 35% da população que come, que viaja, que vai pra Miami, que vai pra Bariloche, que vai ver museu na Europa, que vai ver museu nos Estados Unidos. O restante, sabe, tem que se lascar. É assim, desde a proclamação da República, desde o fim da escravidão, eles pensam assim. Os negros não foram libertados para virar cidadãos e cidadãs, eles deixaram de ser escravos para virar vagabundos”.

As fake news das milícias digitais são facilmente desmentidas pela verdade. Por mais que queiram, os bolsonaristas não conseguem apagar os fatos e as políticas de Lula de enfrentamento ao racismo, implementação de cotas e acesso à educação. Sabe qual fala é completamente verdadeira e já foi assistida por quase 200 mil pessoas? O agradecimento de Thelminha a Lula: “eu recebi uma carta e nela dizia que eu tinha sido contemplada em 100% para cursar medicina, a PUC. Naquela época, a mensalidade custava R$ 3,5 mil e eu não tinha condição de passar pela porta. Eu entendo que é uma obrigação do estado, não é um favor, mas não tem como não ser grata. Se hoje estou aqui, olhando nos seus olhos, de alguma forma eu recebi uma oportunidade lá atrás”.

O agradecimento de Gil a Lula foi no mesmo sentido: “Eu vim de escola pública e hoje estou no PhD. Então, assim, isso nunca seria possível se lá atrás alguém não tivesse entendido a importância de trazer o pobre para onde ele deveria estar, porque tem muita fuga de conhecimento. Então, eu sou extremamente grato e apaixonado pelo governo do presidente Lula, que pensou em quem precisava”.

A resposta de Lula a Thelminha e Gil resume : “Quando eu vejo você (Thelminha), e vejo o nosso companheiro Gil, eu fico orgulhoso, porque, Gil, o país não está lascado, esse governo é que tá lascando o país. Mas se forme e volte para ajudar a política de solidariedade e de fraternidade”.