A vida do brasileiro não anda nada fácil. Para além da pandemia, temos um grave problema de falta de gestão no Brasil, que acabou com a economia nacional. A inflação nas alturas tem devorado o poder de compra do povo e o famoso Prato Feito saiu da mesa de muitos brasileiros. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na terça (11), alguns dos alimentos que mais subiram foram frango, ovos, carne de boi, café, açúcar e tomate.
Com a alta dos preços, o desemprego crescente e a queda da renda, os brasileiros se veem obrigados a substituir itens da alimentação ou até mesmo cortá-los, o que empobrece a qualidade do prato.
Os alimentos que mais sofreram alteração de preço em 2021 foram o café (50,24%), a mandioca (48.08%), o açúcar (47,87%) fubá (32,82%), filé mignon (30,91%) e frango (29,85%). Além disso, o gás de cozinha também está nas alturas. O botijão sofreu um alta de 36,99% em 2021. Tá difícil se alimentar direito e até tomar um cafezinho.
Em dezembro, a FGV divulgou um levantamento mostrando que a inflação atingiu em cheio o café da manhã e o almoço dos brasileiros. Um prato feito de arroz, feijão, carne e salada, subiu, em média, 17% em 2021. O frango aumentou mais de 30%.
Nas redes sociais, desde o ano passado, as pessoas tem chamado Lula pra dar conta da situação. O principal compromisso de Lula, quando assumiu a presidência da República em 2003, foi garantir que todos os brasileiros tivessem ao menos 3 refeições diárias. Hoje em dia, essa realidade está distante de nós novamente. Na internet, o pessoal vem cantando que “o arroz tá caro, o feijão tá caro, traz de volta o Lula e manda embora o Bolsonaro”.
Ao ser questionado sobre a inflação de mais de dois dígitos (10,06%) no acumulado de 2021, Bolsonaro, como sempre, culpou qualquer coisa que não seja ele mesmo e sua equipe. O presidente disse que a culpa é do “fique em casa”, ou seja, das medidas de isolamento extremamente necessárias para conter o avanço da covid no primeiro e segundo ano da pandemia. Não fosse pela ação dos governos locais, teríamos muito mais do que os 622 mil brasileiros mortos pela incompetência do governo em lidar com a doença.
Os economistas discordam do presidente e afirmam que caso o isolamento tivesse sido adotado de maneira efetiva, teria ajudado na recuperação da economia. Eles explicam que a inflação aumentou no Brasil por problemas causados pelo próprio governo: desvalorização do real, queda do investimento estrangeiro, resultado de incertezas geradas pelas ações inconsequentes de Bolsonaro. Somam-se a isso a alta nos combustíveis (também de responsabilidade dele), a crise hídrica (falta de planejamento) e os aumentos na conta de luz (adivinha?). Passou da hora de culpar ou outros e governar o Brasil, Bolsonaro!