Nesta terça, 19 de julho, é comemorado o Dia Nacional do Futebol, uma das paixões de Lula. O ex-presidente é torcedor do Corinthians e brilha dentro e fora dos campos. Em 15 de maio de 2003, ainda em seu primeiro mandato como presidente da República, Lula sancionou a Lei nº 10.671/03, chamada de Estatuto do Torcedor, um marco na defesa da transparência e no combate à violência nos estádios brasileiros.
A lei tem o intuito de defender os interesses do torcedor na relação com clubes de futebol e também de coibir a violência. O Estatuto nasceu de uma proposta do Executivo para obrigar as instituições a atuar de maneira organizada, transparente, segura, limpa e justa, de modo a combater também a corrupção no futebol.
A criação da norma foi um marco na democratização do futebol, um anseio que vem desde a época da ditadura militar, quando ícones como o jogador Afonsinho, na década de 70, lutavam pela instituição do passe livre, e jogadores liderados por Sócrates fundavam a “Democracia Corinthiana”, no início da década de 80, exigindo transparência na gestão dos clubes.
Bolão dentro e fora dos campos
Em 2019, Lula e Chico Buarque bateram um bolão contra o time do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em um jogo de celebração das forças progressistas e democráticas do país. Lula e Chico venceram o MST por 2 a 1, sendo que os dois foram os autores dos gols da vitória.
A partida – e a festa – foi jogada no campo Doutor Sócrates Brasileiro, na Escola Nacional Florestan Fernandes, centro de formação política daquele movimento social, em Guararema (SP). Cerca de 4 mil pessoas, entre militantes, ativistas, políticos, artistas e juristas estiveram presentes. Nada como celebrar a democracia com uma partida do esporte mais popular do país.
Em dezembro passado, em sua participação no PodPah, um dos maiores podcasts do Brasil, Lula falou de sua paixão pelo futebol e como participou da fundação de um time de várzea quando morava na Vila Carioca, em 1962. O time foi batizado de Náutico Futebol Clube, em homenagem ao Náutico pernambucano, terra de Lula. O ex-presidente conta que era um excelente ponta-direita. “Um Kaká”, em suas próprias palavras. Lula também já sonhou em ser jogador de futebol. Fato é que ele continua batendo um bolão dentro e fora dos campos, mesmo aos 76 anos.