Em 27 de outubro de 1945, no interior de Pernambuco, nascia Luiz Inácio Lula da Silva. O menino, que viria a ser duas vezes presidente do Brasil e líder mundial no combate à fome e à desigualdade, faz 77 anos nessa quinta-feira. No aniversário do Lula, não há dia melhor para nos mantermos mobilizados nas redes e nas ruas, conversando com indecisos e conquistando votos para trazer de volta o Brasil da Esperança!
Confira a seguir, 77 imagens que ilustram a trajetória do Lula no dia do seu aniversário:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Caetés, na época distrito de Garanhuns, agreste Pernambucano. Ele é o sétimo dos 8 filhos de Dona Lindu e Seu Aristides. Aos 4 anos, Lula passou por grave acidente, quando uma jumenta o ergueu pela boca, em uma mordida, e só o soltou depois de receber uma punhalada no pescoço.
Como só foi registrado anos depois de nascer, já no estado de São Paulo, a escrivã se confundiu com as datas e registrou o nascimento do pequeno Luiz Inácio como sendo dia 06 de outubro. Quem conta a história é Frei Chico, irmão 3 anos mais velho que Lula e que também tem a data de nascimento anotada errada em seus documentos:
“Um dia minha mãe foi ao cartório em Santos registrar os filhos. Levou anotadas todas as datas e os nomes. Mas acredito que ficou intimidada pela atitude da escrivã, que sugeriu mudar o nome da minha irmã, ali, na hora, de Sebastiana para Ruth, seu próprio nome [neste momento Frei Chico ri] em sua “homenagem”, e ela acabou se atrapalhando com tantas datas”
Quando Dona Lindu ainda estava grávida de Lula, Seu Aristides migrou para São Paulo para trabalhar. Quando Lula tinha 5 anos, o pai veio visitar a família, conheceu o caçula, deixou Dona Lindu grávida de Tiana e levou embora para São Paulo o filho Jaime, autor da carta que mudaria a vida de toda a família.
Em 1952, Lula, a mãe e os irmãos migraram para São Paulo. A viagem de pau de arara durou 13 dias e 13 noites, entre 10 e 23 de dezembro de 1952.
“É uma tábua atravessada na carroceria do caminhão. Não tem nem encosto atrás. Não é um banquinho de madeira. É uma tábua grudada na carroceria. Você senta e não tem encosto. A gente pode cair. Tinha umas 30, 40 pessoas dentro do caminhão. A gente dormia na calçada. Se esticava e começava a dormir ali. Às vezes, com um cobertorzinho. E, de repente, a gente acordava embaixo da chuva e tinha de correr para debaixo do caminhão. Não cabia todo mundo. Ficava todo mundo amontoado debaixo do caminhão”, diz Lula em depoimento a Denise Paraná, para o livro “Lula, o filho do Brasil”
Dos 17 irmãos de Lula, 7 são também filhos de Dona Lindu e Seu Aristides. São eles: José (Zé Cuia), Jaime, Marinete, Genival (Vavá), José (Frei Chico), Maria (Baixinha) e Ruth (Tiana). Dona Lindu , que já havia perdido dois bebês ainda em Pernambuco, deu a luz a um casal de gêmeos que morreu com poucos dias de vida, já em Santos.
Outros 10 irmãos de Lula são filhos de seu pai com a segunda esposa, Mocinha: Beto, Rubens, Odair, Jackson, Ledinava, Marina, Maria, Guilhermina, João e Germano.
Lula se lembra da separação dos pais como um momento de libertação. Seu Aristides agredia os filhos, impedia os estudos da prole e agrediu Dona Lindu.”E aí, para nós foi ótimo. Nós ficamos em liberdade? A gente passou a viver melhor. Era uma pobreza com liberdade. Então, a separação dos meus pais, no fundo, no fundo, foi uma grande liberdade”.
Lula sempre adorou jogar futebol e é torcedor do Corinthians. Até hoje, com 77 anos, o ex-presidente bate um bolão nos gramados e fora deles. Em seus governos, Lula implementou vários programas fundamentais para os esportes, como o Bolsa Atleta, além de sancionar o Estatuto do Torcedor.
Lula já foi vendedor de laranja, amendoim e tapioca; engraxate, telefonista e office boy. Foi também torneiro mecânico, sindicalista, deputado federal e presidente da República, entre outras profissões.
O curso de profissionalização em torneiro mecânico do Senai deu a Lula seu primeiro diploma, de operário especializado. Pouco tempo depois, como estagiário da Fábrica de Parafusos Marte, recebeu sua primeira remuneração: meio salário mínimo. Ele entregou cada centavo à mãe.
O segundo diploma de Lula seria o de presidente do Brasil. Em seus governos, Lula e o PT fizeram mais escolas técnicas no Brasil do aquelas construídas ao longo dos 93 anos anteriores. Foram 422 instituições construídas entre 2003 e 2016, contra 140 escolas técnicas construídas entre 1909 e 2002.
Com 19 anos, Lula perdeu o dedo mindinho da mão esquerda às 3h da madrugada, em um acidente de trabalho com uma prensa mecânica, quando era torneiro mecânico na Fábrica Independência. Ele só recebeu atendimento médico às 7h da manhã.
Depois de perder o dedinho, Lula teve que reaprender a lavar o rosto. Veja a história em entrevista a Jô Soares:
Em 1969, Lula teve seu primeiro contato com o movimento sindical. Frei Chico, irmão 3 anos mais velho que Lula, foi o responsável por levar o caçula às primeiras reuniões no Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema. Em abril daquele ano, Lula se tornou suplente na diretoria do sindicato. Em 1975, Frei Chico foi preso e torturado pela ditadura militar, o que se tornou para Lula um importante ponto de inflexão política.
Em 1969, Lula se casou com Maria de Lourdes, operária tecelã. Ela faleceu quando estava grávida do primeiro filho do casal, em 1971, vítima de negligência médica, por complicações de hepatite e anemia. Durante os governos de Lula e do PT, foram implementados importantes programas de saúde da mulher e de saúde materna, como o Rede Cegonha. O Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do mundo, criado por Lula em 2004, tinha como condicionalidade a realização do pré-natal por gestantes beneficiárias, o que reduziu consideravelmente a morte materna no Brasil, como apontam estudos internacionais.
Entre 1969 e 1972, como suplente da diretoria, Lula ainda trabalhava no chão da fábrica, mas já era chamado para atuar em negociações. Em 1972, foi convidado a se tornar primeiro-secretário do departamento jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, então presidido por Paulo Vidal. Entre 1975 e 1978, Lula foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos.
Lula e Marisa, ambos viúvos, se conheceram no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Marisa precisava do carimbo de um sindicato para receber pensão do marido, morto em um assalto ao táxi que dirigia.
Lurian, nascida em 1974, é filha de Lula com Miriam Cordeiro. Marcos Cláudio, nascido em 1971, é filho biológico de Marisa com o primeiro marido, e foi adotado legalmente por Lula. Fábio Luiz (1975), Sandro Luiz (1979) e Luiz Cláudio (1985) são filhos de Lula e Marisa Letícia.
Indicado para concorrer às eleições para suceder Paulo Vidal na presidência do Sindicato, Lula não gostava de falar em público, até então. Eleito presidente com 92% dos votos, Lula despontaria como liderança política e orador capaz de emocionar multidões
Em 12 de maio de 1978, tem início greve dos trabalhadores da Scania, por reposição salarial. A adesão à greve aumenta a passos largos, e Lula é um dos grandes líderes do movimento, representando os metalúrgicos em reuniões de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP).
Em 13 de março de 79, tem início a primeira greve geral de uma categoria de trabalhadores desde 1968. Metalúrgicos do ABC paulista reivindicam reajuste de 78,1%. A primeira assembleia da greve aconteceu no estádio da Vila Euclides. Na falta de palanque e sistema de som, Lula, então presidente do sindicato, falou de cima de uma mesa de escritório usando um megafone. Suas palavras eram repetidas em coro pelos trabalhadores mais próximos e repassadas pelos que estavam atrás.
A greve durou duas semanas e foi suspensa por 45 dias. Ao final, a categoria obteve reajuste salarial de 63%, maior conquista salarial do período. A greve mobilizou 200 mil trabalhadores. “Que ninguém, nunca mais, ouse duvidar da capacidade de luta dos trabalhadores”, disse Lula.
Ao longo de 1979, mais de 3 milhões de trabalhadores brasileiros entraram em greve. Ao menos 3 operários foram mortos: Santo Dias, em São Paulo, Orocílio Martins e Guido Leão, em Belo Horizonte.
Em 10 de fevereiro de 1980, nasce o Partido dos Trabalhadores, fruto da união histórica entre sindicalistas, intelectuais, artistas, setores ligados à Teologia da Libertação da Igreja Católica e militantes políticos que retornavam do exílio.
O PT foi a primeira legenda organizada após a reforma partidária que extinguiu o MDB e a Arena. A criação do PT surpreendeu a ditadura, que não contava com um partido de esquerda nascido de bases populares. Também surpreendeu setores da oposição que defendiam a formação de um partido social-democrata ou a permanência da esquerda no PMDB.
A ficha de filiação número um foi assinada por Apolônio de Carvalho, ex-dirigente comunista que lutou contra o fascismo na Guerra Civil Espanhola e na Resistência Francesa. Na sequência, assinaram o crítico de arte Mário Pedrosa, o crítico literário Antonio Candido e o historiador Sérgio Buarque de Hollanda, historicamente ligados à luta pelo socialismo no país. Lula foi o primeiro presidente do partido.
Foi Dona Marisa Letícia quem costurou a primeira bandeira do PT. Ela tinha um retalho de pano vermelho, italiano, guardado há muito. E bordou a estrela branca no centro. Depois, começou a estampar camisetas com a estrela: vendia uma para estampar duas.
Enquadrado na Lei de Segurança Nacional por promover greve e incitar publicamente a “subversão da ordem político-social” , Lula permaneceu 31 dias detido no Dops de São Paulo com outros dirigentes sindicais.
Enquanto Lula esteve preso, Chico Buarque gravou um compacto com a música “Linha de Montagem” e doou os direitos autorais de autor e intérprete para o fundo de greve, Dom Paulo Evaristo Arns celebrou missa na Sé em apoio aos presos e Dona Marisa liderou caminhada de mulheres em São Bernardo.
Dona Lindu, mãe e grande referência na vida de Lula, faleceu de câncer no útero em 12 de maio de 1980, enquanto Lula estava preso por liderar a greve de metalúrgicos do ABC. Mesmo preso, em plena ditadura militar, Lula pôde comparecer ao velório e ao enterro. O mesmo direito não foi reconhecido a Lula quando da morte de seu irmão Vavá, em 2019.
Em julho de 1981, acontece nova rodada de greves dos metalúrgicos contra a demissão de milhares de trabalhadores de fábricas como a Ford.
Entre 21 e 23 de agosto de 1981, Lula participou da 1ª Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat). Em um desafio à ditadura e à legislação sindical autoritária, delegados de 1.091 sindicatos urbanos e do campo participaram da conferência.
Em 16 de abril 1982,o Superior Tribunal Militar anulou todo o processo contra Lula e outros 10 dirigentes sindicais. Os acusados haviam sido processados pela Lei de Segurança Nacional (LSN) por “incitação à desobediência coletiva das leis” na greve dos metalúrgicos do ABC em 1980.Na prática, o resultado do julgamento no STM eliminava o risco de inelegibilidade de Lula.
Em 1982, Luiz Inácio incluiu o apelido Lula em seu nome de registro, no cartório. O objetivo era facilitar a identificação de Lula nas urnas e nas cédulas de votação.
Em 1982, Lula se candidatou a governador de São Paulo. A estratégia era aumentar a votação do PT e viabilizar o registro do partido. Lula teve 10% dos votos e ficou em quarto lugar. O governador eleito foi André Franco Montoro (MDB).
Em 28 de agosto de 1983, Lula participa do Congresso Nacional da Classe Trabalhadora e aprova a fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a primeira central sindical criada após o golpe de 1964 e a primeira no país a ser lançada pela base.
A partir de junho de 1983, Lula participa da campanha unificada pelas Diretas Já, ao lado lideranças como os governadores de São Paulo, Franco Montoro (PMDB), e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola (PDT), do deputado Ulysses Guimarães e de Fernando Henrique Cardoso, então senador. Entre janeiro e abril de 1984, a campanha pelas Diretas Já levou milhões às ruas de todo o Brasil.
Nas eleições para a Câmara dos Deputados de 1986, Lula foi o deputado federal mais votado do Brasil, com 650.134 votos.
Em 05 de outubro de 1988, entrou em vigor a Constituição Cidadã, com intensa participação popular. Lula foi foi um dos três deputados constituintes a apresentar a proposta de emendas populares à Constituição, assinadas por no mínimo 30 mil cidadãos. Foram entregues 122 propostas populares, das quais 83 cumpriram os requisitos regimentais.
Em 22 de dezembro de 1988, o seringueiro e líder ambientalista Chico Mendes foi assassinado a tiros em Xapuri (AC), na frente da sua casa e da sua família por fazendeiros incomodados por seu ativismo e pela repercussão das suas denúncias. Lula, companheiro de lutas de Chico, esteve presente e discursou em seu velório.
Em 1989, Lula se candidatou pela primeira vez à presidência da República. Foram 22 concorrentes no primeiro turno, incluindo nomes como Ulysses Guimarães, Mario Covas, Leonel Brizola e Paulo Maluf. Lula foi para o segundo turno e perdeu para Fernando Collor, por 53% contra 47%.
O 1° Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, que aconteceu em 1991, 11 anos após a fundação do partido, aprovou cotas para mulheres, medida inédita até então. Em 2011, o partido aprovou a paridade de gênero
Entre 23 de abril e 12 de maio de 1993, a Caravana da Cidadania, liderada por Lula, percorre 4500 quilômetros em 7 estados. Ao todo, seriam 7 caravanas entre 1993 e 1994, totalizando 359 cidades e 80 mil km. O objetivo de Lula era o de construir, pelo diálogo com a população, uma alternativa de governo popular e democrático que respondesse às reais necessidades do país. Nos contatos com a população, Lula, em vez de discursar, entrevistava as pessoas, procurando ouvi-las e conhecer de perto seus problemas.
A primeira caravana partiu de Garanhuns (PE), terra natal de Lula, e terminou em Vicente de Carvalho (SP), mesmo trajeto feito por Lula, seus irmãos e Dona Lindu em 1952.
Em 2001, Lula organizou mais 3 caravanas, por 47 cidades.
Em sua segunda candidatura para presidente da República, Lula perdeu para Fernando Henrique Cardoso, ministro da Fazenda de Itamar Franco, um dos responsáveis pelo Plano Real. FHC foi eleito no primeiro turno com 54,2% dos votos, contra 27% de Lula.
Lula deixa presidência do PT em 1995 e se torna presidente de honra do partido.
Em 17 de abril de 1997, a Marcha organizada pelo Movimento dos Trabalhadores rurais sem Terra chega a Brasília e realiza ato que reúne 100 mil pessoas na Esplanada, com a participação de Lula. O objetivo era protestar contra a política agrária do governo, a exclusão social e lembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido um ano antes.. Diante do êxito da manifestação, o presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu no dia seguinte uma comissão de representantes da marcha.
Em 1998, Lula se candidata pela terceira vez ao cargo de presidente, na primeira eleição brasileira com possibilidade de reeleição presidencial (aprovada pelo Congresso no ano anterior). FHC é reeleito no primeiro turno com 53,06% dos votos contra 31,71% de Lula.
Em 2002, em sua quarta tentativa, Lula foi eleito o primeiro operário presidente do Brasil, com 61,27% no segundo turno, contra José Serra (PSDB), com 38,72%. Lula teve a votação recorde de mais de 52 milhões de votos.
Em 2002, a votação em segundo turno das eleições presidenciais aconteceu dia 27 de outubro de 2002, dia do 57° aniversário de Lula. No dia seguinte, Lula anunciou a primeira política pública de seu governo, o Fome Zero, que seria implementada 30 dias após sua posse e se tornaria o embrião do Bolsa Família, maior programa de transferência de renda do mundo.
Em 1° de janeiro de 2003, entre 200 e 250 mil pessoas se reuniram na Esplanada dos Ministérios para a posse de Lula, maior manifestação ocorrida em Brasília desde os funerais de Juscelino Kubitschek.
Em 2006, Lula foi novamente eleito presidente do Brasil com 60,83% dos votos válidos no segundo turno, contra Geraldo Alckmin (PSDB).
Erradicar a fome no Brasil sempre foi um dos principais objetivos de Lula. “Se ao final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”, disse o presidente em seu discurso de posse. Lula implementou o maior programa de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família, premiado internacionalmente e modelo para programas em outros 20 países. Em 2011, Lula recebeu o World Food Prize, prêmio concedido a pessoas que deram contribuições relevantes ao combate à fome no mundo. Em 2014, na gestão de Dilma Rousseff, o Brasil saiu do mapa da fome da ONU.
Em 10 de janeiro, acompanhado de 30 de seus 34 ministros, Lula fez sua primeira viagem como presidente, para a Comunidade Irmã Dulce, em Teresina e Brasília Teimosa, em Recife. Passando de casa em casa, Lula apresentou a seus ministros de Estado a realidade de quem vivia abaixo da linha da miséria. “A cabeça pensa onde os pés pisam”
Em 24 de janeiro, Lula é o primeiro Chefe de Estado a participar do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. No mesmo dia, Lula foi a Davos participar do Fórum Econômico Mundial.
Ao longo dos dois mandatos de Lula, entre 2003 e 2010, 24 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza. Até 2014, 36 milhões de pessoas deixaram a miséria no Brasil.
Entre 2003 e 2010, 32 milhões de brasileiros saíram da pobreza e entraram na classe média. No ano de 2008, pela primeira vez, a maior parte da população pertencia à classe C, graças à diminuição das classes D e E.
Em 2003, Lula sancionou a Lei nº 10.639/2003, que modifica a Lei de Diretrizes e Bases e torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana nas escolas públicas e particulares de ensino médio e fundamental. Sua aprovação — um marco na história das conquistas antirracistas — resultou de anos de lutas do movimento negro, contra o racismo institucional brasileiro. Em 2010, Lula sancionou a Lei nº 12.288/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial.
Em 2003, a UERJ foi a primeira universidade a adotar o sistema de cotas raciais e sociais, importante política de reparação e combate ao racismo. A partir daí, as cotas foram adotadas por diversas outras universidades. Até 2010, 93 universidades contavam com políticas afirmativas. A lei federal 12.711/2012 determinou cotas sociais e raciais para universidades públicas. Entre 2003 e 2009, 98 mil jovens negros entraram no ensino superior por meio de políticas afirmativas raciais.
Em 1992, apenas 1,5% dos negros entre 18 e 24 anos estavam nas universidades; em 2009, eles eram 8,3%.
Lula criou o Estatuto da Microempresa, em 2006, o Simples (regime tributário simplificado e favorecido para pequenos empresários), em 2007, e a figura jurídica do Micro Empreendedor Individual (MEI) em 2009, que permitiria a formalização de mais de 470 categorias profissionais.
O Programa Luz para Todos levou energia elétrica para os mais de 12,5 milhões de brasileiros que viviam sem energia. Em 2009, o programa atingiu os 10 milhões de beneficiários, e em 2013, ao completar 10 anos, atingiu a marca de 15 milhões de beneficiados.
Em 7 de agosto de 2006, Lula sancionou a Lei Maria da Penha, de autoria do executivo. A lei foi um importante passo no enfrentamento à violência contra mulheres.
Em 17 de outubro de 2006, a Petrobras descobre reservas de petróleo na camada do pré-sal. A descoberta e extração petrolífera do pré-sal só foram possíveis graças a uma decisão política do governo Lula, que permitiu que a Petrobras investisse em tecnologia e expertise para exploração da camada, área que gerava receio em outras empresas petroleiras por sua complexidade.
Em 4 de junho de 2007, a transposição do Rio São Francisco sai do papel, para proporcionar segurança hídrica para 12 milhões de nordestinos.
Em 22 de janeiro de 2007, Lula lança o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que realizou mais de 40 mil obras e ações em todo o Brasil, nos setores de logística, energia, recursos hídricos e melhorias urbanas e sociais. Entre 2007 e 2014, o PAC executou R$ 1,5 trilhão — o equivalente ao PIB da Espanha. No mesmo período, os investimentos do setor público cresceram 48%. Entre 2007 e 2012, houve crescimento de 75% de empregos com carteira assinada na construção civil.
A educação foi outro pilar fundamental dos governos de Lula e do PT. Primeiro presidente sem diploma universitário, Lula foi o presidente que mais criou vagas em universidades. Entre 2000 e 2010, o número de pessoas com ensino superior completo mais do que dobrou, passando de 5,9 milhões para 13,5 milhões, sendo Nordeste, Centro-Oeste e Norte as regiões com maior aumento no número de diplomados. A cara da universidade mudou: mais negros, mais trabalhadores, mais pessoas do campo e de fora das grandes cidades.
O Reuni promoveu a expansão e a interiorização das universidades públicas no país. Entre 2005 e 2010, o volume total de matrículas nas universidades federais cresceu 90,1%, passando de 3,88 milhões para 5,45 milhões. O número de campi passou de 148, em 114 municípios, em 2002, para 274 em 230 municípios, em 2010.
Lula criou o Programa Universidade para Todos (Prouni) em 2005, criando bolsas em faculdades particulares para alunos de baixa renda em troca de benefícios fiscais. Até 2012, mais de 2 milhões de alunos haviam sido beneficiados por bolsas do Prouni e do Fies, financiamento estudantil que já existia, mas foi ampliado e aprofundado por Lula, que permitiu que o Estado pudesse ser o fiador dos empréstimos dos estudantes.
Em 2008, Lula sancionou o piso salarial nacional para professores de escolas públicas da educação básica.
Na Saúde, os avanços incluem a criação do Samu, do Programa Farmácia Popular, a quebra da patente dos medicamentos retrovirais para o HIV e as amplas campanhas de vacinação.
Em seus governos, Lula promoveu a transparência (com medidas como o Portal da Transparência, lançado pela CGU em 2004) e ampliou profundamente a participação social. Entre 2003 e 2010, foram 74 conferências, com etapas municipais, regionais e nacionais, com a participação de 10 milhões de pessoas. São criados 25 novos conselhos nacionais, como o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), instância de negociação entre diversas representações da sociedade civil.
Para enfrentar a crise econômica mundial de 2008, Lula lançaria mão de políticas econômicas anticíclicas, com fortalecimento do mercado interno, centralidade do pobre na economia, fortalecimento dos bancos públicos para expansão do crédito e ampliação do financiamento ao setor exportador. Graças a isso, os efeitos da crise mundial de 2008 foram reduzidos no Brasil. O país rapidamente recuperou sua capacidade de atração de capital estrangeiro e credibilidade internacional. O PIB cresceu 5,1% em 2008 e 7,5% em 2010, taxa recorde.
O Brasil cumpriu seu papel de liderança mundial em assuntos políticos, econômicos, sociais e ambientais. Lula priorizou a cooperação sul-sul, com especial atenção para a América Latina, África e países árabes. Lula fortaleceu o Mercosul e o G-20, participou ativamente da criação do grupo dos Brics, ocupou papel de liderança no combate mundial à fome, costurou acordo nuclear envolvendo o Irã e o Conselho de Segurança da ONU e destacou-se na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.”Lula é o cara”, disse Obama.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), em 2009, o Brasil apresentou a proposta voluntária mais ousada entre os países: redução de 36,1% a 38,98% na emissão de gases do efeito estufa até 2020. Reafirmando sua liderança na questão climática, o Brasil visava induzir os países desenvolvidos não-signatários do protocolo de Kyoto a assumir a meta de 40% de redução da emissão de gás carbônico.
Em 2010, o desmatamento na Amazônia atingiu a menor taxa desde 1977. Em 2004, o governo Lula implantou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm).
Durante a pandemia de H1N1, em 2009, o Brasil foi o país com a vacinação relativamente mais rápida do mundo: foram 88 milhões de pessoas vacinadas em 3 meses.
Em 2005, Lula criou o Sistema e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social. Em 2009, Lula lançou o Minha Casa Minha Vida, integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com foco na construção de moradias populares subsidiadas pelo Estado. Até 2010, foram contratadas 1,3 milhão de habitações e até 2014, 3,4 milhões. Foram gerados 1,3 milhões de empregos com o programa, e estimulada a abertura de 80 mil novas empresas na cadeia da construção civil.
De 2003 a 2011, a renda dos agricultores familiares cresceu 52%, e 3,7 milhões deles ingressaram na classe média rural. Em 2014, 74% da mão de obra no campo foi empregada pelo setor, e 70% dos alimentos consumidos no Brasil seriam produzidos pela agricultura familiar.
Entre 2002 e 2010, o aumento real do salário mínimo foi de 53,67%. Entre 2003 e 2010, o poder de compra do salário mínimo passou de 1,38 para 2,06 salários mínimos. Até o início de 2016, o aumento real do salário mínimo foi de 76%.
Com Lula, o Brasil não apenas pagou toda sua dívida com o FMI, em 2005, como também emprestou dinheiro para a entidade em 2009 – U$ 10 bilhões para ajudar os países emergentes durante a crise econômica mundial iniciada em 2008.
O Brasil foi o país que mais avançou no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Pnud entre 2009 e 2010. O país avançou 4 posições, com redução das desigualdades regionais.
Lula deixou a presidência em 2010, com recorde de popularidade: 80%. O governo Lula teve a maior aprovação da história do país: 87% dos brasileiros consideravam o governo bom ou ótimo, em 2010.
Em 21 de junho de 2011, o ex-presidente recebeu o World Food Prize, concedido a personalidades que deram contribuição relevante no combate à fome no mundo.
Em outubro de 2011, Lula foi diagnosticado com um câncer na laringe. O ex-presidente passou por quimioterapia e radioterapia, e se curou completamente da doença. Desde então, passa por exames periódicos de rotina, como todo ex-paciente oncológico.
Em 3 de fevereiro de 2017, Dona Marisa Letícia, esposa de Lula há 43 anos, faleceu em São Paulo, vítima de um AVC hemorrágico provocado pelo rompimento de um aneurisma. O velório foi no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Em 07 de abril de 2018, vítima de intensa perseguição jurídica e midiática, Lula foi preso pela segunda vez, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Uma multidão se reuniu em apoio ao ex-presidente. Em seu último discurso, Lula disse: “os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas. Mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera. E nossa luta é em busca da primavera”. Lula foi preso no dia do aniversário de Marisa.
Quando foi preso, Lula liderava com ampla margem as pesquisas para o pleito eleitoral de 2018, com projeção de vitória no primeiro turno.
Durante todo o período em que esteve preso na sede da Polícia Federal de Curitiba, Lula manteve sua crença na Justiça brasileira e a certeza de que a verdade venceria. Lula sempre lutou pra provar sua inocência e para mostrar que os verdadeiros suspeitos foram aqueles que o condenaram. Lula não aceitou nenhuma barganha para progressão de pena.
Enquanto era mantido preso, Lula recebeu a visita de dezenas de líderes mundiais, ex-presidentes, ex-primeiro ministros, ganhadores do prêmio Nobel e outras lideranças. Lula recebeu muitos livros enquanto esteve em Curitiba, e foi um leitor voraz.
No dia 8 de novembro de 2019, Lula foi finalmente solto, após decisão do Supremo Tribunal Federal que decretou a inconstitucionalidade da prisão antes do trânsito em julgado.
Após longo período mantido afastado do calor do povo, Lula pôde participar presencialmente do Festival Lula Livre em Recife, no dia 16 de novembro de 2019, com a presença de mais de 250 mil pessoas e 200 artistas.
Em decisões históricas, o Supremo Tribunal Federal declarou nulas todas as sentenças contra Lula. O STF considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgar os processos de Lula e, principalmente, julgou o ex-juiz Sérgio Moro suspeito na condução dos processos contra Lula.
Ao lado da esposa Rosângela da Silva, a Janja, Lula segue sendo a principal liderança brasileira a denunciar os desmandos do (des)governo de Jair Bolsonaro e a afirmar: “O Brasil tem jeito”.
Confira o resumo das 26 vezes em que Lula foi acusado e inocentado, e o editorial do El País que atesta que o tempo deu razão a Lula.
No dia 18 de maio de 2022, Lula se casou com a socióloga Rosângela Janja da Silva após viver uma linda história de amor digna de filme! Na cerimônia, Janja usou um vestido confeccionado em bordado artesanal do Seridó feito por bordadeiras de Timbaúba do Batista, no Rio Grande do Norte.
“Decidi casar outra vez porque eu acredito que o Brasil tem jeito”, disse o ex-presidente. “O cara que tem 76 anos e está apaixonado como estou, querendo casar, só pode querer o bem para este país.”
Inocente, apaixonado e comprometido com o Brasil, Lula atingiu o maior índice de votação da história do nosso país no primeiro turno das eleições 2022. Foram 57.258.115 votos, mais do que os vencedores de todas os candidatos que já concorreram à Presidência já obtiveram no primeiro turno.
Tudo indica que, no próximo dia 30 de outubro, o Brasil vai repetir esse feito e fazer ainda mais bonito. Somos o povo brasileiro e queremos Lula 13 presidente!
Neste 27 de outubro de 2022, também comemoram-se os 20 anos de quando Lula foi eleito pela primeira vez presidente da República. Daqui a 3 dias, é 13 nas urnas!
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