O presidente Jair Bolsonaro caminha para o fim do mandato deixando as áreas de Saúde e Educação em dificuldade ainda maior. As pastas, que perderam recursos nos últimos anos, serão novamente afetadas por mais um corte de orçamento.
Em relatório endereçado ao Congresso, o governo prevê bloqueio adicional de R$ 6,7 bilhões em todos os ministérios. Educação e da Saúde serão os mais afetados, segundo veículos de imprensa.
“É natural que tenha tido um contingenciamento em saúde e educação porque o orçamento deles é muito grande”, declarou o secretário secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, em entrevista ontem, sem detalhar quanto cada pasta perderá.
No governo Bolsonaro, tanto Educação como Saúde andaram para trás. Na educação, houve redução de recursos em todas as etapas, da educação infantil à universidade. Na Saúde, o governo faz uma gestão considerada desastrosa. Bolsonaro desdenhou da gravidade da pandemia de coronavírus, o que faz com que o Brasil figure na triste lista dos países com maior mortalidade pela Covid-19.
Em diferentes situações, o ex-presidente Lula tem se manifestado sobre os retrocessos que o Brasil vive nas duas áreas e destacado a importância da retomada de investimentos. No caso da Saúde, fortalecimento e valorização do SUS.
Na área de educação, na condição de governo que criou 17 novas universidade federais e centenas de escolas técnicas e institutos federais, permitindo a inclusão de jovens de baixa renda, Lula ressalta a necessidade de investimento da creche à universidade e de busca de soluções para corrigir os atrasos que muitas crianças e adolescentes tiveram por falta de infraestrutura para estudar no período de aulas remotas decorrente da pandemia.
Nas diretrizes do programa de governo do movimento Vamos Juntos pelo Brasil, da chapa Lula-Alckmin, Saúde e Educação são prioridades.
A diretriz 21 diz que o Brasil voltará a investir em educação de qualidade, no direito ao conhecimento e no fortalecimento da educação básica, da creche à pós-graduação, coordenando ações articuladas e sistêmicas entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, retomando as metas do Plano Nacional de Educação e revertendo os desmontes do atual governo.
Sobre a Saúde, a diretriz 23 diz ser urgente dar condições ao SUS para retomar o atendimento às demandas que foram represadas durante a pandemia, atender as pessoas com sequelas da covid-19 e retomar o reconhecido programa nacional de vacinação.
¨Reafirmamos o nosso compromisso com o fortalecimento do SUS público e universal, o aprimoramento da sua gestão, a valorização e formação de profissionais de saúde, a retomada de políticas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, bem como a reconstrução e fomento ao Complexo Econômico e Industrial da Saúde¨, destaca trecho do documento.