Cada vez que o bolsonarismo se sente acuado, inúmeras fakes “surgem” nas redes sociais. Em ações coordenadas, a milícia digital posta conteúdo, faz disparos em massa e afoga os usuários de redes em informações falsas.
Quando os gastos abusivos do cartão corporativo do Bolsonaro vieram à tona, mentiras sobre o patrimônio de Lula encheram as caixas de mensagens de todos nós.
Mas nem só de fake-raiz vivem os robôs. Eles se especializaram em criar boatos relacionados às notícias do momento, só para desviar as atenções. Foi assim com os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips. Com temas como “garimpo”, “pesca ilegal”, “preservação da Amazônia” e “defesa dos povos originários” associados à esta brutalidade, começaram a aparecer postagens, cada vez mais fortes, sobre Ratanabá. Assunto que acabou entrando nos mais comentados do Twitter.
Mas quê que é isso? Ratanabá seria uma terra ancestral no subterrâneo da Amazônia, como uma Atlântida da floresta. Curioso, o assunto chama a atenção e concorre, em termos de algoritmos, com as principais palavras buscadas em a Bruno e Dom.
Ou seja: mesmo sem uma fake raiz, os robôs precisaram puxar pra si a atenção dispensada à tragédia. E teve gente que caiu.
Isso é o que a gente chama de isca.
Agora a gente se pergunta: por que será que o Gabinete do Ódio teve que fazer isso?