Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre a violência cometida por seus apoiadores. Os fatos mostram sua responsabilidade sobre os atos de seus seguidores. Se alguém tinha alguma dúvida sobre o que representa Jair Bolsonaro para a democracia brasileira, não tem mais. Em vídeo, ele discursou neste domingo (21/10) para seus seguidores na Avenida Paulista. Disse com todas as letras o que se pode esperar do seu governo: violência, perseguição e vingança. “A faxina agora será muito mais ampla, se essa turma quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós, ou vão pra fora ou pra cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria. Ninguém vai sair dessa pátria, essa pátria é nossa e não é dessa gangue que tem bandeira vermelha e a cabeça lavada”, disse.
Ele afirmou ainda que Lula vai apodrecer na cadeia e que, num futuro próximo, o ex-presidente, a quem chamou de cachaceiro, terá a companhia de Lindbergh Farias e Fernando Haddad. “Já que vocês se amam tanto, vão apodrecer na cadeia”, disse Bolsonaro, destacando que o Brasil terá as Forças Armadas altiva e Polícia Civil e Militar com retaguarda. Ele ainda ameaçou militantes do MST e do MTST, afirmando que eles serão enquadrados como terroristas.
Bolsonaro falou em ganhar “a guerra”, e não as eleições. Para finalizar, também atacou e ameaçou a Folha de S.Paulo, jornal que fez a denúncia de que a campanha de Bolsonaro comprou disparos em massa de mensagens anti-PT pelo WhatsApp, o que caracteriza crime eleitoral. “A Folha de S.Paulo é a maior fake news do Brasil. Vocês não terão mais verba publicitária do governo”, disparou. “Imprensa vendida, meus pêsames!”.
Não é a primeira vez que Bolsonaro promete atos de violência contra pessoas progressistas – ele já conclamou o público a “metralhar a petralhada” no Acre.