Bolsonaro trabalhou quatro horas e cinco minutos na última semana: 35 minutos por dia . É um afronta diante do esforço diário e redobrado que o povo tem de fazer todos os dias só para pagar as contas, colocar comida na mesa para a família e sobreviver num país desmontado por um homem que não tem respeito pelo suor e pela vida de sua própria nação.
Vale notar que Bolsonaro jamais trabalhou durante seu mandato. Enquanto o povo brasileiro morria por causa da pandemia da Covid-19, de enchentes e desabamentos, o presidente cumpriu um expediente médio de apenas 4,5 horas diárias entre janeiro de 2019 e abril de 2022.
Segundo um levantamento da revista Veja, nos últimos sete dias, Bolsonaro se reuniu por menos de uma hora com o chefe da Subchefia de Assuntos Jurídicos do Planalto, e por 20 minutos com o ministro de Relações Exteriores, Carlos França. No mesmo dia, passou uma hora assinando o livro de condolências pela morte da rainha Elizabeth II, na Embaixada do Reino Unido em Brasília – foi nesse mesmo livro em que cometeu um erro grosseiro de ortografia.
Enquanto Bolsonaro deveria estar trabalhando, participou de atos de campanha em São Paulo e no Maranhão. Mas essa desculpa é só a mais recente na lista de justificativas do Capitão Mamata. Trabalhar nunca foi com ele. Em janeiro, ele trabalhou, em média 3h10 por dia.
Qualquer um que tenha um emprego com carteira assinada no Brasil trabalha em média dez vezes mais do que o presidente, ou 44 horas semanais. Um pequeno empreendedor, então, nem se fale. O empreendedor paulista dedica 9,3 horas por dia para o trabalho, sendo que 78% costumam trabalhar aos sábados e 33% aos domingos. Jair Bolsonaro não duraria um dia na labuta que a gente enfrenta sol após sol.
Segundo a revista, o presidente abandonou a agenda oficial para tocar a campanha eleitoral, o que é um verdadeiro absurdo. Ele foi eleito para governar até o final do mandato, e não para sair pedindo votos pelo Brasil. Mas sempre é bom lembrar que Bolsonaro nunca trabalhou, enquanto esteve na cadeira de presidente da República.
A situação piora. Enquanto Jair Bolsonaro faz campanha, seu governo promove um avanço consistente no desmonte das políticas públicas. Até fraldas geriátricas ficaram sob ataque de um corte de recursos de 60% na gratuidade de medicamentos da Farmácia Popular no Orçamento de 2023.
As prioridades desse governo estão todas do avesso. Não tem dinheiro para garantir os R$ 600 prometidos do Auxílio Brasil, não tem dinheiro para investir na Saúde nem na Educação. Mas o orçamento secreto está garantido para o ano que vem. De onde veio o dinheiro? Do corte no Farmácia Popular. É isso mesmo, o presidente rifou um dos programas mais importantes do país para tentar garantir a sua reeleição.
Para quem diz que a vida de presidente é um inferno porque “é um tempo que você vai passar trabalhando, obviamente, para o próximo”, está deixando a desejar.
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