Desde a saída do PT do poder, o Brasil vive uma sucessão de retrocessos que o fizeram andar para trás 30 anos e ser de novo o país da inflação descontrolada, da fome, do desemprego, da destruição do meio ambiente, da evasão escolar e da pobreza.
Indicadores sociais e reportagens de veículos de imprensa confirmam o que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT vêm denunciando há tempos.
O jornal O Globo, por exemplo, ouviu especialistas e comparou indicadores para denunciar que o Brasil regrediu na economia, no bem-estar da população, na educação e no meio ambiente, exibindo indicadores que remontam a até 30 anos. O desmonte das políticas públicas é uma das razões que explicam o atraso.
“Trouxeram de volta a fome, a pobreza, a evasão escolar, o desmatamento, a inflação, ameaçando o desenvolvimento do país”, diz trecho da reportagem. A fome voltou a patamares de 30 anos atrás, a inflação a índices de 2003, a evasão escolar a 2006, o desmatamento a 2008.
Em 1992, a fome atingia 32 milhões de brasileiros. Com as políticas públicas de inclusão social dos governos Lula e Dilma, houve redução significativa, a ponto de o país sair do Mapa da Fome, em 2014, segundo a ONU. Em 2022, o número de pessoas sem ter o que comer chegou a 33 milhões. Em 2014, quando o país deixou o Mapa da Fome, o percentual de brasileiros nessa condição era de 5%. Em 2022, os 33 milhões representam 15% da população.
Ouvido por O Globo, Francisco Menezes, consultor da ActionAid, uma das organizações da Rede Penssan, que divulgou os números da fome no começo do mês, disse que o país desabou. “Três fatores explicam essa situação. O primeiro é o forte empobrecimento de grande parte da população. O segundo foi o comportamento do mercado de trabalho, com desalento e queda da renda média (que é a mesma de 2011). O terceiro é o desmonte dos programas de segurança alimentar e proteção social”, afirmou.
A gestão desastrosa do governo Bolsonaro mudou programas bem-sucedidos, como o Bolsa Família e só piorou a situação dos beneficiários. Segundo a reportagem, a substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil reduziu a eficiência do programa com o esvaziamento do Cadastro Único (que mapeia famílias necessitadas) e de políticas de segurança alimentar, como a aquisição de alimentos da agricultura familiar, cujo orçamento caiu de R$ 550 milhões em 2012 para R$ 53 milhões. “O quadro torna a crise mais aguda para os pobres”, disse à reportagem o porta-voz da ActionAid.