Caminhada de Lula no Complexo do Alemão repercute na imprensa internacional

Ex-presidente percorreu as ruas do conjunto de favelas do Rio de Janeiro na última quarta-feira, ao lado de lideranças comunitárias e moradores

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A imprensa internacional segue atenta às eleições brasileiras e seu impacto global. A visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro (RJ), na última quarta-feira (12/10), repercutiu em veículos de diversos países. O inglês The Guardian destacou que “Lula saiu da pobreza rural para se tornar o primeiro presidente da classe trabalhadora do Brasil em 2002”, e que o candidato representa esperança para os brasileiros.

A RFI (Rádio França Internacional) destacou em seu portal que esta é “uma eleição que não opõe esquerda e direita, mas democracia e autoritarismo, segundo o ex-presidente, que tenta ampliar seu apoio”. A latino-americana Telesur publicou que “antes da caminhada pelas ruas do Complexo do Alemão, que começou na Estrada do Itararé, Lula se reuniu com lideranças comunitárias e recebeu uma cópia do Plano Popular do Complexo do Alemão”.

A norte-americana ABC apontou que Lula vem recuperando votos em áreas mais pobres que ficaram insatisfeitas com a condução do atual presidente na pandemia. A ABC também reforçou que Bolsonaro ampliou os programas sociais poucos dias antes das eleições e que muitos brasileiros não veem com bons olhos o uso político da religião.

Ainda sobre as eleições no Brasil, a revista Time publicou uma reportagem com o título ” O destino da floresta amazônica depende das eleições no Brasil”. O texto traz que “desde que Bolsonaro assumiu o cargo, o Brasil voltou no tempo. A fome ressurgiu. As taxas de violência contra os defensores dos direitos humanos e do meio ambiente estão aumentando. E os poderosos estão dobrando os modelos econômicos ultrapassados que não levam em conta a emergência climática que estamos enfrentando”.

A Time também enfatiza que “somente nos primeiros três anos do governo Bolsonaro, 33.200 quilômetros quadrados da Amazônia brasileira foram desmatados – a pior taxa de desmatamento em 13 anos. O Brasil destruiu 34% de sua parte da Amazônia desde 1985 – mais do que qualquer um dos outros nove países que contêm parte da floresta tropical”.