A Justiça brasileira comprova repetidamente a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As 21 vitórias judiciais de Lula também atestam a intensa perseguição jurídica de que o ex-presidente foi vítima. Em decisão histórica, o STF não apenas atestou a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro como anulou todos os processos e provas forjados contra Lula no âmbito da operação Lava Jato. O tempo provou que Lula tinha razão em jamais trocar sua dignidade por sua liberdade, e em denunciar repetidamente que seus perseguidores eram os verdadeiros suspeitos. Sérgio Moro, além de ex-juiz, reúne também os títulos de ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e de futuro candidato à presidência pelo Podemos. O mesmo Moro que dizia que “jamais entraria para a política”.
Deltan Dallagnol, além de ex-procurador da Lava Jato e autor de power points caricatos baseados em “convicções” (políticas, diga-se de passagem), anunciou nesta última quinta (04) seu desligamento do Ministério Público para, sem surpresas, candidatar-se a uma vaga ao Congresso pelo mesmo partido de Moro. As candidaturas de Moro e Dallagnol confirmam que ambos atuaram politicamente na Lava-Jato.
Em entrevista à coluna de Bela Megale para O Globo, Cristiano Zanin, advogado de Lula, afirmou:
“Moro e Dallagnol sempre estiveram na política, só que antes usavam os seus cargos no sistema de Justiça para atacar adversários e até mesmo advogados de seus adversários”
Sobre o ex-procurador, Zanin falou que “a candidatura confirma também o que dissemos perante o Conselho Nacional do Ministério Público, que está assistindo a saída de Dallagnol da carreira de procurador da República sem ter aplicado a punição que ele merecia por ter cometido violações grosseiras a direitos fundamentais e a prerrogativas profissionais dos advogados”.
Em entrevista para a mesma coluna, Luiz Carlos Rocha, advogado que também atuou na defesa de Lula, disse :
“Na minha avaliação, o que Moro e Dallagnol buscam são a prerrogativa de foro e a estabilidade de cargos públicos. Acredito que o ex-juiz não chegará a se lançar candidato à Presidência, mas vai concorrer a um cargo que tenha certeza de vitória”.