Em julho deste ano, o governo ilegítimo de Temer e do PSDB anunciou a venda de 80% da Embraer para a Boeing, fabricante norte-americana de aeronaves, entregando o patrimônio brasileiro sem qualquer diálogo prévio com a sociedade. Os termos do acordo fazem com que a Embraer perca total controle operacional e administrativo da nova empresa conjunta.
O memorando de entendimento para a criação de uma joint venture (nova empresa) entre as fabricantes Embraer e Boeing exclui os brasileiros das decisões estratégicas. Isso é o que revela o documento, mantido até o início da última semana em sigilo, com informações sobre o negócio. A notícia foi publicada pelo portal G1.
De acordo com o memorando, a “Boeing teria controle total operacional e administrativo da nova companhia”. A empresa brasileira vai ter apenas 20% de participação na joint venture na divisão dos lucros. O negócio ainda depende de aprovação do governo brasileiro.
Lula e Haddad são contra venda da Embraer
O candidato a presidente da coligação “O povo feliz de novo”, Fernando Haddad, em várias ocasiões já se manifestou contrário à venda da Embraer. Nesta quinta-feira (20/9), em visita ao Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), Haddad afirmou que “estamos fazendo chegar à população que nós somos contra essa venda e, se houver possibilidade jurídica de reversão, com certeza nós faremos”.
Ainda segundo o candidato do PT, “essa venda [é] açodada, precipitada, não foi dialogada com a sociedade, como outras alienações que estão sendo feitas das nossas riquezas. É um erro um governo que não tem voto vender o nosso patrimônio sem um diálogo com a população. E a Embraer, ela é fruto de muito investimento público em ciência e tecnologia. É um patrimônio nacional, inclusive para a área da defesa, e não poderia ser sido tomada uma decisão sem o mínimo diálogo com o Congresso e com a sociedade em geral”.