Damares cria fake sobre drogas para atacar Lula: cadê o TSE?

A ex-ministra de Bolsonaro baixou o nível de vez. Caluniou Lula, mentiu e espalhou terror nas redes sociais, sem punição até o momento.

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Damares Alves é viciada em contar mentiras. Na última semana, a ex-ministra ocupou de novo as páginas de agências de checagem de fatos após a publicação grotesca e mentirosa feita nos últimos dias, no YouTube e Twitter, caluniando Lula. A fake news ataca diretamente a honra de Lula, mentindo que em seu governo existiriam políticas públicas para supostamente ensinar jovens a consumir drogas. 

Além de ser informação falsa, já desmentida outras vezes, a atitude de Damares revela um segundo problema: a permissividade das plataformas digitais diante das fake news. Não foi falta de mobilização popular para apontar que se trata de conteúdo enganoso. O termo “denunciada” ficou no topo dos assuntos mais comentados do Twitter no país, nos últimos dias, e se referia a pessoas que denunciaram o post mentiroso de Damares. Apesar das milhares de denúncias feitas, a rede do passarinho não se mexeu e a calúnia segue por lá.

O mesmo acontece no YouTube, que até agora não derrubou o conteúdo original da calúnia. No vídeo, que também “voa” solto no TikTok, Kwai e WhatsApp, a ex-ministra de Bolsonaro destaca trechos de um material destinado a redução de danos (para adultos vulneráveis) e se mostra muy indignada, como se isso fosse material distribuído para crianças. Vamos aos fatos:

1) o material NÃO encoraja o uso de drogas;

2) o material JAMAIS se destinaria a estudantes;

3) o material SEQUER chegou a ser distribuído.

Há mais de dez anos, em 2009, o Jornal da Band produziu uma reportagem para explicar que a cartilha, que viria a ser citada por Damares Alves, tinha sido criada pelo Programa Nacional de DST/AIDS do governo federal, à época, para ser distribuída a profissionais de saúde e auxiliar na diminuição do contágio de HIV e outras doenças por compartilhamento de objetos usados no consumo de drogas. O material, porém, nem chegou a ser distribuído.

A verdade é que Lula sempre se preocupou com a saúde dos brasileiros

Ao contrário de Bolsonaro, que fez piada com a covid e deixou 400 mil pessoas morrerem por negligência, em sua gestão Lula cuidou das pessoas que tinham aids. Em 2010, o escritório da ONU contra a Aids homenageou Lula pelo sucesso do programa brasileiro de combate à doença.

O que a ex-ministra faz espalhando mentiras e terror, portanto, é crime e precisa ser punido no âmbito da Justiça Eleitoral. Ela mente sem freio, dizendo que o material teria sido distribuído em escolas. Isso é calúnia. Candidatos não podem disseminar falsas acusações sobre seus adversários.

A lei que pune calúnia no período eleitoral é de 2019. Ela determina que quem acusar falsamente um pretendente a cargo político com o objetivo de afetar sua candidatura poderá ser condenado à pena de dois a oito anos de prisão, além do pagamento de multa. A propósito, não é a primeira vez que a ex-ministra de Bolsonaro espalha fake news contra Lula e o PT.

Como apurou a agência de checagens e-Farsas, Damares tem obsessão por esse tipo de mentira há anos. Em 2013, a então advogada já fazia apresentações em igrejas evangélicas alegando, com informações comprovadamente falsas, que o governo “esquerdista” estaria colocando em prática seu “plano de sexualizar criancinhas”.

Esse método, vale dizer, é um velho conhecido de quem não tem nada de bom para apresentar e tenta, em vez disso, confundir o debate político espalhando uma mentira bem “atraente”: é isso que o pânico moral faz. Inventa situações e faz alegações que supostamente colocariam em risco crianças ou jovens para, assim, distrair as pessoas e chamar atenção.

Temos um país de volta ao Mapa da Fome, temos crianças fora das escolas, ligando para a polícia para implorar por comida. Onde estava Damares para cuidar dessas “criancinhas” quando integrou o governo? A campanha eleitoral ainda nem começou, mas já sabemos que será cheia de mentiras e fake news. Crimes como os de Damares, no entanto, não podem ficar impunes.

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