Desmatamento da Amazônia bate recorde no governo Bolsonaro

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O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) divulgou,em fevereiro, que o desmatamento na Amazônia teve aumento recorde no governo Bolsonaro: de agosto de 2018 a julho de 2021, a devastação do bioma aumentou 56,6% em relação aos três anos anteriores.

Apenas em 2021, foi desmatada uma área de 13.235 km², um aumento de 21,97% na taxa de destruição em relação ao ano anterior. Esta é a maior taxa já registrada desde 2006. Dados de programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que cerca de 360 km² de floresta foram destruídos de 1º a 21 de janeiro deste ano, quatro vezes mais do que em todo o mês de janeiro de 2021.

Esses dados revelam que o plano bolsonarista de destruição ambiental está em curso. O “Capitão Motoserra” segue passando a boiada e promovendo o desmonte nos órgãos de fiscalização e controle. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, o número de autuações pelo Ibama foi o menor da série histórica.

Em velocidade recorde, o Brasil deixa de ser referência mundial em preservação do meio ambiente, status conquistado nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT.

População indígena

Em terras indígenas, a média de destruição, de 2018 a 2021, foi 153%, o que equivale a uma área de 1.255 m². O Ipam alerta que a tendência é que o desmatamento cresça ainda mais caso sejam aprovados projetos de lei que estão em discussão no Congresso Nacional e que defendem a regularização de áreas desmatadas (PL da Grilagem) e atividade de exploração mineral em Terras Indígenas.

Em dezembro, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, autorizou atividades de garimpo na região mais protegida da floresta Amazônica,  área de maior densidade indígena do país —76% de sua população é de povos originários. O STF já recebeu 4 ações sobre o tema.

Com Lula: queda nas taxas de desmatamento

Nos governos petistas, a tendência de queda acentuada do desmatamento e crescimento da fiscalização do governo federal foi patente. Entre 2003 e 2015, a queda de desmatamento na Amazônia foi de 80%, caindo de 25.396 km² para 5.012 km² – em 2010, o Brasil viu os menores índices de desmatamento desde 1977.

Uma das principais medidas que possibilitou a queda do ritmo de desmatamento da Amazônia, foi a criação do Plano de Ação para Prevenção e o Controle do Desmatamento da Amazônia Legal, em 2004, que envolveu 14 ministérios em sua concepção e execução.

Além da importante redução do desmatamento na Amazônia, os governos petistas aumentaram a extensão total de áreas de proteção ambiental no país em mais de 50%.

Sob a gestão do PT, o país foi capaz de oferecer alternativas econômicas às populações que vivem em locais que precisam ser preservados. A Operação Arco Verde Terra Legal, por exemplo, levou alternativas sustentáveis a 43 municípios da Amazônia que respondiam, em 2009, por 53% do desmatamento na região. Foram investidos R$ 317 milhões no financiamento de atividades de agricultura e pecuária. A operação levou a uma redução de 23% do desmatamento nesses municípios.

Futuro

Lula e o PT já mostraram que sabem como proteger a Amazônia e as riquezas brasileiras. Em sua passagem recente pela Europa, o ex-presidente apontou a preservação ambiental como um dos três grandes desafios da humanidade, junto com o fim da desigualdade e a manutenção de relações trabalhistas justas. E destacou que o Brasil é um ator-chave nesse processo.

“A questão ambiental não é mais um problema de ambientalistas, de um Partido Verde, de uma classe média sofisticada, intelectualizada. Não. É uma questão do povo do planeta Terra, nós só temos ele. Precisamos colocar a questão ambiental na ordem do dia. Não é possível mais pensar em desenvolvimento, em emprego, sem considerar a questão ambiental”, disse.