A passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado (9) por Diadema foi marcada por muita emoção. Famílias inteiras, crianças, jovens, prestigiaram mais esse ato do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil. Do palco, beneficiados por programas criados pelo PT compartilharam suas histórias.
Muito emocionada, Vanilza dos Santos, beneficiada pelo Minha Casa, Minha Vida, comemorou a oportunidade de conhecer Lula e demonstrar sua gratidão. Ela saiu do estado da Bahia para São Paulo em busca de tratamento para a filha, que tem necessidades especiais.
“Encontrei pessoas no meio do caminho que me indicaram o programa MCMV e graças a Deus eu fui contemplada e minha vida se transformou. Eu pagava aluguel e tinha os gastos com minha filha. Era muito difícil. Hoje me considero uma pessoa mais tranquila para cuidar dos meus sete filhos”, comemora.
Vanilza lamenta o desmonte do programa que, entre 2009 e 2016, entregou 2,7 milhões de moradias em milhares de municípios brasileiros. “Por eu ter sido contemplada e hoje eu estar melhor, quero que outras pessoas também sejam”.
Como tanto outros brasileiros que se beneficiaram de políticas públicas criadas nos governos de Lula e do PT, Vanilza demonstrou sua gratidão.
“Quando falei que estaria aqui, o pessoal disse: ‘não deixe de agradecer o pai’. Você realmente é o nosso pai, Lula. Tirou a gente da miséria e eu preciso que a gente possa fazer com que isso aconteça novamente. Muito obrigada! Tenho fé e esperança que o Brasil vai mudar. E a mudança já está pronta, só depende da gente.”
Representando os mais de 1.400 beneficiados pelo Prouni em Diadema, Felipe Garcia contou sua história. Nascido e criado em um núcleo habitacional da cidade, Felipe teve sua vida transformada por políticas públicas como a urbanização de favelas, que o tirou das estatísticas de mortalidade infantil que assolava o povo mais pobre da cidade no final da década de 90.
“Esse menino cresceu, presidente, e mais tarde, também as políticas públicas de educação tiraram esse menino da trilha do crime e das armas e o levaram para a trilha da escola, dos livros e da biblioteca”, disse.
Crescido, Felipe colocou na cabeça que queria realizar um sonho: ser arquiteto. Mas como é que um menino crescido numa viela de Diadema poderia chegar em uma faculdade? Graças a Lula e Fernando Haddad, Felipe sentou na cadeira da faculdade de arquitetura e urbanismo da Faculdade Mackenzie, uma das mais caras do país, com bolsa de 100%, e hoje está formado.
Ele contou que o seu primeiro dia de aula foi marcado por um protesto na porta da universidade contra o Prouni e o Enem. Os manifestantes diziam que os programas desqualificariam a universidade. No seu último ano de faculdade, esbarrou com uma equipe de jornalistas que preparava uma reportagem que dizia que a média dos alunos do Prouni e do Enem era melhor que a dos alunos que entraram na faculdade pelo processo tradicional.
“Eles querem nos parar, presidente, mas eles não vão poder impedir uma revolução silenciosa, que começou, não através das armas como quer o genocida lá de Brasília, mas através da educação. Nesse momento tem milhões e milhões de brasileiros transformando cada pedacinho de chão desse país com seu diploma na mão. Porque o senhor mostrou para nós e para o mundo que o que interessa é cuidar do nosso povo, cuidar da nossa gente, é colocar o pobre no orçamento, é colocar o filho do trabalhador e da trabalhadora na faculdade”.
A jornalista e escritora Samara Del Monte, acompanhada da mãe Claudia Del Monte, entregou ao presidente Lula um exemplar do seu livro “Samara, apaixonada pela vida. A paralisia cerebral não me impediu de ser a protagonista da minha própria história”.
Claudia contou uma breve história da vida de Samara e afirmou que só foi possível que a filha chegasse a uma universidade e se tornasse uma profissional de sucesso por meio das políticas publicas de educação e inclusão dos governos do PT.
“Nesse momento estamos vivendo o desmonte dessas políticas. Do mesmo jeito que estão tentando colocar as mulheres de volta para dentro da casa, os LGBTIs de volta ao armário, estão querendo também colocar as pessoas com deficiência trancadas dentro de casa ou de instituições especializadas. Eles têm o direito de estar onde quiserem estar e é assim que vai continuar, com o seu governo”, denunciou.
Claudia conta que, aos 16 anos, quando Samara foi tirar o título eleitoral, a família foi questionada, como se aquele ato de cidadania, para Samara, fosse desnecessário. A resposta de Claudia, no entanto, foi certeira. “Para votar no Lula”.
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