Estudo recém lançado confirma que os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT foram responsáveis não apenas por reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% mas também por promover a proteção ambiental. Infelizmente, os números e a postura internacional de Jair Bolsonaro mostram que a destruição é a nova política ambiental do governo brasileiro.
Um levantamento produzido pelo projeto Amazônia 2030 (Políticas públicas para proteção da floresta Amazônica: O que funciona e como melhorar) mostra que políticas públicas adotadas pelo Brasil nos últimos 20 anos foram eficazes para frear a devastação. E mais, entre 2004 e 2012, ou seja, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, a taxa de desmatamento na Amazônia brasileira desacelerou mais de 80%, segundo dados do Inpe. Caiu de 27,8 mil quilômetros quadrados por ano para 4,6 mil quilômetros quadrados.
![](https://lula.com.br/wp-content/uploads/2021/11/WhatsApp-Image-2021-11-03-at-21.46.34.jpeg)
Clarissa Gandour, responsável pela pesquisa Head de Policy Evaluation com foco em Conservação do Climate Policy Initiative (CPI), diz que o país deve interromper o desmonte de sistemas que já se mostraram efetivos durante os governos do PT.
Gandour explica que a área desmatada em 2019, no primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro, aumentou em 50% em relação ao ano anterior. Ao mesmo houve, houve queda no número de multas e de área autuada.
O novo levantamento do Amazônia 2030 sugere que iniciativas principais utilizadas durante os governos do PT sejam retomadas:
Elaboração de uma política pública robusta e integrada:
Lançado em 2004, no início do primeiro mandato de Lula, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) propôs um conjunto de medidas pela proteção da Amazônia contra o desmatamento. Pesquisas apontam que o desmatamento teria sido duas vezes maior, entre 2005 e 2009, se o Plano não tivesse sido implementado.
Monitoramento via satélite e fiscalização:
O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER), monitoramento remoto desenvolvido pelo INPE para apontar com rapidez alterações na cobertura florestal, permitiu às equipes de fiscalização em terra flagrar a devastação em andamento. As mesmas pesquisas estimam que, sem esse tipo de ação, a área desmatada da Amazônia teria sido quase cinco vezes maior do que a observada entre 2007 e 2016.
Determinação de Municípios Prioritários.
Desde 2008, o Ministério do Meio Ambiente publica uma lista com os municípios que apresentam maior perda de cobertura vegetal, o que permitiu intensificar ações de fiscalização.
Crédito rural com verificação de regularidade ambiental
A partir de 2008, o Banco Central passou a exigir documentos comprobatórios de regularidade ambiental e de cadastro de imóvel rural para financiamento de atividades agropecuárias na Amazônia. Essa ação impediu o uso de crédito do governo para apoiar atividades que avançavam sobre a floresta.
Territórios protegidos como barreiras
A partir de 2004, os critérios para determinação de áreas protegidas, como unidades de conservação e terras indígenas, passaram a levar em consideração o cálculo para que elas funcionem como barreira para conter a devastação em algumas regiões. A medida foi bem-sucedida.
O estudo aponta que novas estratégias devem ser colocadas em prática, tais como modernizar tecnologias de monitoramento e proteger políticas de fiscalização, já que nos últimos anos, especialmente a partir da posse de Bolsonaro, tem havido um enfraquecimento dos órgãos de controle
Bolsonaro é inimigo do meio ambiente e dos povos da floresta. Sob seu governo, houve aumento recorde do desmatamento na Amazônia, avanço do garimpo, principalmente em áreas de preservação, enfraquecimento de órgãos de controle e aumento do assassinato de pessoas indígenas.
Além disso, ele se recusou a participar da COP 26, a reunião de líderes mundiais da Organização das Nações Unidas para discutir mudanças climáticas. O medo de ser confrontado por sua política de morte o fez fugir mais uma vez do debate.