Daqui a exatos 80 dias, chegará o dia em que a espera vai ter fim e vamos poder decidir, nas urnas, em 2 de outubro, o futuro que queremos para o Brasil. Um país com educação, comida no prato, dignidade, salário valorizado. Um país em que a verdade vai derrotar a mentira e o ódio vai dar lugar ao amor!
E para marcar essa contagem regressiva, relembramos aqui o Lula dos anos 1980. No começo da década, o PT fora lançado e já estava presente em quase todo o território nacional e Lula se consolidava como uma das principais lideranças da campanha Diretas Já. Em 1989, após 29 anos sem eleições diretas no país, o então deputado federal mais votado para a Assembleia Constituinte se lançou candidato à Presidência pela primeira vez.
O que Lula defendia na época não é muito diferente do que tem dito neste ano de 2022. Isso mostra que o ex-presidente sempre foi consistente e coerente como alguém que defende que o lugar do povo é dentro da política:
Se o povo não se interessa por política, alguém se interessa. E quanto menos o povo participa, mais alguém participa por ele. Então o que que nós estamos tentando fazer é chamar o povo a participar da vida política desse país. Ou seja, nós estamos tentando dizer para o povo o seguinte: olha, você pode chegar lá.
Lula em 1989
A entrevista foi no extinto programa Show de Calouros, uma das atrações mais conhecidas do SBT na década de 1980. “Como é que um torneiro mecânico que tem o 4º ano primário, que tem um curso do Senai, consegue ser candidato a presidente da República, fundar um partido, ajudar a fundar uma central? Olha, é porque eu adquiri consciência política. E quando você adquire consciência política, você começa a entender que é preciso a sociedade brasileira ter influência nas decisões”, defendeu na ocasião.
Ele falou ainda de sua paixão pelo Corinthians, da sua voz inconfundível (“já virou um certo charme essa voz rouca, eu vou deixar do jeito que está.”), e de por que usa barba (“já é uma coisa que faz parte da minha aparência, da minha fisionomia.”). Mais do que tudo, instou a população a se envolver nas decisões dos momentos mais importantes da política brasileira. Já naquele momento, defendia causas que depois se tornariam marco do seu governo, como o combate à inflação, a valorização do salário mínimo, a importância da educação, da construção de escolas e do sonho de ver “o filho do faxineiro da USP poder concorrer à mesma vaga na USP que o filho do reitor da USP”. Visão que virou promessa e, a partir de 2003, realidade.
Hoje, pré-candidato à presidência da República, Lula segue inabalável nas suas crenças, e continua firme em sua missão de trazer as pessoas a debater, pensar e fazer a política brasileira. É só lembrar, como exemplo, o emocionante discurso que fez no encontro de jovens de Heliópolis: “Se você é uma pessoa politizada, se você é uma pessoa que quer mudar o país, se você quer melhorar a comunidade onde você mora, se você quer mudar a escola, se você quer mudar a sua cidade, você tem que participar.”
Eu digo sempre o seguinte: quando você não acreditar em mais ninguém, acredite em você. Porque se você acreditar em você, você vai entrar na política para ser o político que você acha que os outros têm que ser. A pessoa boa que você quer que os outros sejam está dentro de você.
Lula em 2022
É por isso que, em junho, o movimento Vamos Junt❤️s pelo Brasil lançou uma plataforma digital que permite que qualquer pessoa apresente sua contribuição ao programa da chapa de Lula com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
A proposta é que todo brasileiro e brasileira possa participar, debater e fazer sugestões para o projeto que vai reconstruir o Brasil. Para participar, acesse o site www.www.programajuntospelobrasil.com.br, escolha um dos eixos do projeto, o tema de seu interesse e sua proposta. É possível mandar quantos temas quiser. Vamos Junt❤️s pelo Brasil!
