Gleisi Hoffmann pede ao TSE agilidade nos processos que denunciam fake news

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A presidenta do Partido dos Trabalhadores, a senadora Gleisi Hoffmann, participou na tarde desta sexta-feira (19/10) de uma reunião com a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber, em Brasília. Após o encontro, Gleisi afirmou que pediu à Justiça Eleitoral agilidade nas ações que denunciam a disseminação de notícias falsas (fake news) nas redes sociais.

“Pedimos que o Tribunal possa agilizar os prazos. De preferência, ficar nestes próximos nove dias com o pleno [da Corte eleitoral] reunido o tempo todo, para que qualquer situação que chegue ao pleno esteja com capacidade de responder à situação”, disse Gleisi.

Na última quinta-feira (18/10), uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que empresas, apoiadas pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL), estavam comprando pacotes de disparos em massa de mensagens falsas contra o PT no WhatsApp.

Para a presidenta do PT, o uso indevido das redes sociais pela campanha de Bolsonaro é “muito grave”. Segundo ela, “nós ajuizamos uma ação para que seja feita uma busca de provas e até agora nós não tivemos uma decisão do Tribunal. Esse pedido já se tornou público e isso nos preocupa porque pode levar a uma destruição dessas evidências. O que nós entendemos após esse encontro é que o Tribunal vai tratar o processo com normalidade, e isso me preocupa muito”.

Segundo a  senadora,  o pleito eleitoral brasileiro passa, pela primeira vez, por uma situação diferenciada, uma vez que o eleitor foi induzido a votar no primeiro turno por uma “fábrica de mentiras”. Gleisi falou que “isso tanto é verdade que o próprio WhatsApp suspendeu várias contas que eram ligadas a ele (Bolsonaro). Até a conta do seu filho foi suspensa. Nós entramos com um processo investigativo em relação ao filho dele.  O próprio WhatsApp já notificou as empresas que disparavam as mensagens falsas. Isso é uma prova de que os fatos são verdadeiros. Os empresários já disseram que receberam por isso. Portanto, é muito grave, isso é verdadeiramente uma fraude no processo eleitoral”.

Juliano Medeiros, presidente do PSOL, também participou do encontro com a senadora Gleisi Hoffmann e a ministra Rosa Weber. Ele informou à imprensa que o seu partido também entrou com uma ação no TSE, pedindo que a Justiça tome medidas para que o WhatsApp restrinja a transmissão das fake news.

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