Lula: assistência social terá mais recursos para atender a população carente

Durante encontro com trabalhadores, beneficiários e pesquisadores, ex-presidente lamentou o desmonte das políticas sociais pelo governo Bolsonaro

Compartilhar:

Lula afirma que a assistência social terá mais recursos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Sistema Único de Assistência Social (Suas) será reestruturado e fortalecido para atender a população mais carente do país. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (05/09), em São Paulo (SP), durante encontro com beneficiários, trabalhadores, pesquisadores e entidades que atuam na área. Criado em 2004, o Suas foi desmontado sob o governo Bolsonaro.

“Eu quero que vocês saiam daqui com a certeza de que o Suas vai voltar a funcionar muito mais forte, muito mais preparado e com muito mais recursos, para que vocês possam cada vez mais atender as pessoas com mais decência porque, se tem uma coisa que o povo precisa é ser tratado com respeito e dignidade”, afirmou Lula.

Lula recordou que, na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023, enviada por Jair Bolsonaro para o Congresso, não consta o aumento de salário para servidor público, muito menos previsão de aumento para o salário mínimo.

“É triste saber que foi tão difícil construir o que nós construímos para que eles, em um decreto, desmontassem tudo que nós fizemos. Com toda falta de respeito, falta de qualquer pudor no tratamento das pessoas mais pobres nesse país”, lamentou o ex-presidente. “Quem já fez reforma em casa sabe que reconstruir é mais difícil do que construir. Nós vamos reconstruir o Brasil que eles destruíram, não é pouca coisa o que nós temos que fazer.

Proteção social

Márcia Lopes, representante da Frente Nacional em Defesa do Suas e da Seguridade Social, disse que a categoria trouxe representantes de 19 estados para o encontro, mobilizados em eleger Lula presidente e Geraldo Alckmin vice, para reconstruir o Brasil e, por consequência, o programa de assistência social.

“As pessoas têm o direito à proteção social. São 37 milhões de famílias que estão no Cadastro Único. São 600 mil trabalhadores espalhados por esse país, e nós sabemos o que tem custado isso a partir do golpe de 2016. Nós resistimos e estamos resistindo até hoje, temos um legado, temos um futuro e por isso queremos Lula presidente”, declarou Lopes.

Presente no encontro, o padre Júlio Lancellotti lamentou a situação em que o Brasil se encontra. Com o desmonte do serviço social, explicou, aumentou muito o número de moradores de rua, que estão sendo tratados com desprezo e violência, comendo lixo. Ele também pediu para que a população não caia em notícias falsas quando o assunto é o ex-presidente: “Lula não fecha igrejas, Lula abre o coração”, declarou.

Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome

Patrus Ananias foi o primeiro Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil, quando a pasta foi lançada, em janeiro de 2004. Ele recordou que o órgão foi extinto no dia 1º de janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu o poder.

“Lula foi quem realizou o melhor governo da história deste país. Nós consolidamos o Suas, implantamos pelo Brasil afora os Centros de Referência da Assistência Social, conhecidos como Cras e Creas, integramos a assistência social com o programa Bolsa Família e com as políticas públicas de segurança alimentar. E vamos continuar lutando para que no próximo governo do Brasil, sob a liderança do nosso líder maior, o presidente Lula, as políticas públicas da assistência social voltem a integrar o nosso país”, completou o ex-ministro.

Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad relatou a importância das políticas públicas para transformar a vida das pessoas mais carentes e que diante da situação atual do país, as ações são emergenciais.

“Tem muita coisa errada no Brasil, mas se a gente não der o exemplo no 1º de janeiro, de começar a acolher essas famílias que estão nessa situação de rua e que não estão sendo olhadas pelo poder público, nós não estaremos sendo dignos da confiança que o povo vai depositar”, disse ele. “Vamos realmente fazer a diferença. É a virada de chave que o povo precisa reconhecer nos governos progressistas. Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome.”