Lula: “É obrigação do Estado garantir que as pessoas tenham dignidade para viver”

Em ato público no Pará, ex-presidente disse que não pode errar e que está condenado a fazer mais

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Lula em ato público em Belém

Em discurso durante ato público na noite desta quinta-feira (01/09), em Belém (PA), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou retrocessos do país, como a volta da fome, e lembrou feitos de seu governo, que fez a maior inclusão social da história do Brasil.

Lula ressaltou que é obrigação do Estado garantir que as pessoas tenham dignidade para viver, e disse querer voltar à Presidência para fazer melhor do que fez nos dois primeiros mandatos.

“É obrigação do Estado garantir que as pessoas tenham dignidade para viver. (…)Sou o único candidato que não posso errar. Eu já tenho um legado, e eu quero dizer para vocês: eu estou condenado a fazer mais do que eu fiz. Estou condenado a cuidar mais da educação, estou condenado a cuidar mais da saúde.

“Quero as crianças na escola”

Fotos: Ricardo Stuckert

O ex-presidente destacou algumas ações fundamentais em um eventual novo governo, como geração e emprego, investimento em saúde e educação e retorno de programas como o Minha Casa Minha Vida e Luz para Todos. Lula também afirmou ser importante buscar meios de recuperar o atraso de crianças e adolescentes prejudicadas no desenvolvimento escolar durante a pandemia.

“Como é que nós vamos fazer para recuperar a capacidade dessas crianças voltarem a estudar? Como é que a gente vai fazer? Nós vamos fazer um mutirão, uma parceria com prefeitos, com educadores, com governadores para que a gente possa fazer esse país ser um país decente, um país digno, um país respeitado”, enfatizou.

A um grupo de milhares de paraenses, animados com bandeiras e cânticos de apoio a Lula, o ex-presidente disse ser fundamental o envolvimento de todos na caminhada rumo a um novo mandato disse que a palavra correta para um presidente não é governar, mas cuidar do povo brasileiro.

“Eu quero cuidar das mulheres e dos homens nesse país. Eu quero cuidar, eu quero ter o prazer de ver as crianças irem para a escola com uma roupinha limpa, com uma roupinha nova, bem calçada. Eu quero ver as crianças irem para a escola comendo de manhã na sua casa. Não precisa ter comida na escola, porque vai ter na casa do trabalhador a comida para dar para o seu filho”, disse, acrescentando que a merenda escolar será de qualidade, com as prefeituras comprando 30% da agricultura familiar, como acontecia quando ele estava na Presidência.

Fotos: Ricardo Stuckert