Lula e os jovens do Podpah, Igão e MiTIco, fizeram história na internet ontem à noite, na entrevista de 2h20 que o ex-presidente concedeu ao podcast. Foram quase 300 mil pessoas ouvindo ao mesmo tempo um debate descontraído sobre democracia, economia, oportunidades, o direito do pobre comer camarão, além de muitas, muitas histórias. Oficialmente, foram 292 mil pessoas assistindo simultaneamente e mais de 2.187.830 milhões de acessos durante a live, tornando-se o episódio de maior audiência ao vivo do canal e o recorde nacional de uma transmissão de podcasts.
Ao final da transmissão, o canal contabilizava 2,2 milhões de visualizações. Ao meio-dia de hoje, as visualizações já somavam 3,6 milhões. O PodPah, que já era o maior podcast do país com 4,2 milhões de seguidores no YouTube, ganhou cerca de 30 mil seguidores entre ontem e hoje. Nas redes sociais, o assunto Lula chegou a ser o assunto mais comentado no mundo durante a transmissão e seguiu sendo um dos mais comentados no Brasil durante toda a manhã de sexta-feira.
Assista a íntegra da participação de Lula no PodPah:
Educação, combate à pobreza e camarão
A conversa que mobilizou a internet tratou de temas variados, sempre no contexto da triste realidade brasileira. O ex-presidente da República e Igor Cavalari (Igão) e Thiago Marques (Mítico) conversaram sobre a importância da política, a volta da fome, a inflação recorde, o preço do combustível a quase 8 reais, o fake news presidencial na pandemia, o desemprego e o fim do Bolsa Família, entre os assuntos, como educação. Para Lula, que foi o presidente que mais investiu no ensino universitário, o governo deve anistiar as dívidas dos estudantes junto aos Fies.
Lula voltou a criticar a gestão do governo federal na pandemia. Além de não comprar vacinas quando podia, houve irregularidades nas compras, como demonstrado pela CPI da Covid. O governo também não trabalhou para manter as pessoas protegidas, pelo contrário, incentivou fake news.
O ex-presidente também voltou a falar que o governo deve priorizar a melhoria de vida da população mais pobre, incluindo todos os brasileiros no orçamento. “O povo pobre é a solução desse país. Coloque o pobre no Orçamento e você resolve os problemas do Brasil. Coloca R$ 10 no bolso de uma dona de casa e ela não vai comprar dólar, ela vai comprar COMIDA!” E quando questionado se pobre pode comer camarão, foi enfático: “pode e deve. Até porque, é ele quem pega”.