O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que ninguém investiu tanto no Amazonas quanto ele e a ex-presidente Dilma Rousseff, citando obras de infraestrutura, casas, universidades, escolas técnicas e institutos federais. Lula esteve nesta quarta-feira (31/08), em Manaus (AM), para participar do ato Todos Juntos Pelo Amazonas. Ele dividiu palco com Omar Aziz e Eduardo Braga, candidatos ao senado e ao governo estadual, respectivamente, além de lideranças locais e nacionais. O ex-presidente reforçou a importância das obras e que também é preciso garantir que cada pessoa tenha três refeições ao dia.
“Eu tenho noção da quantidade de portos que a presidenta Dilma fez nas cidades do interior deste estado, da quantidade de casas que nós fizemos pelo país afora com o Minha Casa, Minha Vida, o maior programa habitacional. Eu tenho noção da importância do PAC, que foi o maior programa de investimento em infraestrutura que esse país já conheceu”, declarou.
Mapa da fome
Lula também lembrou que retirou o país do mapa da fome, gerou 22 milhões de empregos com carteira assinada e fortaleceu a agricultura familiar, tão importante no estado do Amazonas.
“Eu sei o que é uma mãe ficar em pé na beira do fogão e não ter um bocado de feijão com água para colocar no fogo para um filho comer. Então, eu tinha obsessão, que era preciso garantir que cada pessoa nesse país pudesse, todo dia, tomar café, almoçar e jantar, que as crianças pudessem tomar um copo de leite antes de dormir e um bom iogurte a hora que levantasse”, afirmou, ao reconhecer a importância das três refeições ao dia para uma família.
“Eu tenho noção da importância que é para uma mãe ver o seu filho ir para a escola com uma roupinha bonita, com um sapatinho bonito. Eu tenho noção o quanto é importante para um companheiro e uma companheira sustentar a sua família as custas do seu trabalho. Não precisar de favor de ninguém, mas trabalhar e no final do mês levar comida para casa às custas do seu suor e do seu sangue”, disse o ex-presidente, em referência ao seu passado pobre no agreste pernambucano.
Zona Franca
Antes do ex-presidente, Eduardo Braga criticou a maneira como Jair Bolsonaro conduziu a pandemia, uma vez que manauaras morreram sem oxigênio, e a atual crise econômica, que afeta o povo brasileiro.
“Governar é ajudar das pessoas, foi isso o que eu fiz quando fui governador com o Lula presidente. Na época a Zona Franca tinham 134 mil empregos, agora são menos de 100. E todas as vezes que nós tentamos melhorar um pouquinho o Bolsonaro vem com um decreto para tentar destruir a nossa Zona Franca de Manaus, tirar os nossos empregos, criar insegurança jurídica”, disse.
Braga também lembrou que no interior do Amazonas um botijão de gás custa mais de R$ 150, e o combustível, produto essencial para um pescador artesanal, passou de R$ 10 reais o litro. Com os preços nas alturas, discursou o candidato, as pessoas não estão tendo dinheiro sequer para comprar comida, muito menos para fazer três refeições ao dia
“A volta do presidente Lula representa fazer com que o Brasil e o Amazonas voltem a investir na saúde, na educação, gerar emprego, investir no saneamento, continuar avançando e fazer a vida melhorar. Mas, tudo isso tem um inimigo, que nós estávamos derrotando, mas ele voltou: é a fome que está batendo na porta das pessoas, diante de uma inflação criminosa”, completou.
Participaram do encontro o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, Luciana Santos, presidenta do PCdoB, Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo da chapa Lula-Alckmin, e as lideranças locais Sinésio Campos e Anne Moura, que concorre ao cargo de vice-governadora.