Lula no Jô, em 1997, já era vítima de mentiras bem antes do nome fake news

Nem tinha nome de fake news ainda, mas há 20 anos Lula já era vítima de mentiras criadas por seus adversários para tentar desmoralizá-lo.

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A rede de mentiras e injustiças contra Lula não é novidade das últimas campanhas eleitorais. Desde o início da sua vida política o ex-presidente é vítima de perseguição política e judicial, além de acusações sem fundamento de parcela da população que nunca admitiu que um torneiro mecânico pudesse chegar à Presidência da República. Na última sexta-feira (5), após a notícia da morte de Jô Soares, começou a circular nas redes trechos de entrevista concedida por Lula ao apresentador, em 1997. Na ocasião, o ex-presidente já denunciava a caçada da qual era vítima.

“Posso ser culpado de várias coisas. Agora, dizer nesse país que fui corrupto algum dia, nem que eu tiver 50 anos de vida, quem acusou vai ter que provar”, disse, ao citar algumas fakes criadas a seu respeito, antes mesmo desse tipo de mentira ser chamado de fake news.

Passadas duas décadas, a imagem de Lula permanece limpa. Sua inocência está mais do que atestada. O ex-presidente passou 580 dias preso injustamente, vítima da perseguição jurídica e midiática com fins políticos que o manteve fora das eleições de 2018. Lula acumulou 25 vitórias judiciais, em absolutamente todos os processos que eram movidos contra ele.

Com fake news, a primeira vítima é a verdade

Apesar disso, parte da sociedade ainda é levada a duvidar da inocência do ex-presidente. Tanto a Justiça brasileira quanto o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluíram que Lula foi vítima de julgamento parcial e teve violados seus direitos políticos, civis e à privacidade. Lula foi inocentado e está livre porque, finalmente, a Justiça foi feita.

Mesmo após essas decisões, setores da imprensa e adversários políticos insistem em mentir que as 25 vitórias de Lula – que incluem a anulação de todos os processos no âmbito da Lava Jato contra Lula por suspeição do ex-juiz Sérgio Moro – não provam sua inocência.

Relativizar a inocência de Lula demonstra o desapreço desses setores pelo Direito e pela Justiça. Quem busca desacreditar esse fato desacreditando a própria justiça brasileira e os princípios que a norteiam — como o devido processo legal, o contraditório e da ampla defesa e a presunção de inocência.

Mesmo tendo sido vítima de tantas injustiças, Lula não guarda rancor. Ele é um homem livre, saudável, apaixonado e cheio de tesão para reconstruir o Brasil.