Lula no MA: “Vamos tirar as famílias brasileiras do Serasa”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (02/09) que pretende tirar as famílias brasileiras do Serasa. Com a inflação batendo em dois dígitos por causa da ineficiência do governo Bolsonaro na política econômica, já são 66,8 milhões de pessoas que não conseguem honrar o pagamento de suas contas e dívidas.

“Nós vamos mudar essa situação, nós vamos negociar essas dívidas. Vamos obrigar os credores a baixar as taxas de juros, a tirar todo penduricalho para que a gente possa tirar as famílias brasileiras do Serasa e não ficar com o nome sujo nesse país, sem poder comprar mais nada”, declarou o ex-presidente, durante comício em São Luís, capital do Maranhão.

“Hoje, o trabalhador não tem emprego. Ele faz bico, faz biscate porque trabalha sem registro. Ele não tem descanso sábado e domingo, e se sofrer um acidente não tem seguridade social. É quase como se ele voltasse a ser escravo. E chamam ele microempreendedor”, prosseguiu.

Segundo Lula, o objetivo dele e de Geraldo Alckmin é fortalecer o empreendedorismo criando financiamento para quem quiser abrir um negócio. “A gente vai colocar crédito para que as pessoas tenham oportunidade de trabalhar. E crédito com juros baratos porque, eu não sei se vocês sabem, hoje, 70% da população brasileira está endividada, sobretudo as mulheres, que estão fazendo dívida para comprar o que comer dentro de casa, comprar material escolar para as crianças”, afirmou.

“Eu sei que pobre é bom pagador. Quem gosta de dever é rico. Rico tem o prazer de dizer que deve. Mas o pobre, não. O pobre tem vergonha de passar em frente da padaria quando ele está devendo o pão do dia anterior. Nós vamos cuidar disso com carinho”, completou. O ato Vamos Juntos Pelo Brasil e Pelo Maranhão reuniu importantes lideranças locais e nacionais, como Flávio Dino e Carlos Brandão, candidatos ao Senado e ao governo estadual, respectivamente, além de Randolfe Rodrigues, Sonia Guajajara, Luciana Santos, Márcio Jerry, Felipe Camarão e Márcio Macedo.