A emoção tomou conta das pessoas que superlotavam o comitê da campanha da petista Fátima Bezerra ao governo do Rio Grande do Norte, nesta sexta-feira (24/8), com a presença de Fernando Haddad, vice-presidente na chapa de Lula e seu porta-voz. Isso porque Fátima leu uma carta redigida de próprio punho para ser entregue a Lula por Haddad.
“Quero dizer o quanto te amamos e agradecer por todo o carinho”, leu a candidata à governadora. Ela diz para Lula não se render diante da injustiça que está sofrendo e que “seguiremos firmes reafirmando sua candidatura e seu direito de ser candidato”.
A carta fala sobre a saudade que as pessoas têm de Lula e da esperança que ele representa. Fátima escreveu: “o Brasil será feliz de novo com você (Lula) e Haddad”.
Ao final da mensagem, Fátima reafirmou que “o povo não abre mão de ter você (Lula) como presidente e me eleger como primeira governadora de origem popular do estado do Rio Grande do Norte”.
O estado tem que dar a oportunidade para jovens crescerem
Haddad iniciou sua fala, na inauguração do comitê da Fátima Bezerra, em Mossoró, também falando de emoções: “trago o afeto e o carinho do presidente Lula pelo Nordeste e por Mossoró e vocês sabem o esforço que ele fez para trazer o desenvolvimento para cá”.
O candidato a vice-presidente relembrou que esteve no município há 13 anos, quando foi inaugurada a Universidade Federal Rural do Semiárido. Haddad reafirmou o compromisso do plano de governo de Lula com a continuação dos investimentos em educação. Para ele, o governo precisa dar oportunidade para os jovens crescerem. “Nós ouvimos as histórias do filho do agricultor, do filho da doméstica, eles finalmente se formando. Lula representa uma mensagem de esperança”, disse.
Sobre o atual momento, Haddad afirmou que “esse governo que usurpou o poder, está destruindo o país e se não corrermos com os investimentos, haverá uma geração que vai ficar para trás”.
Haddad ainda falou sobre a injustiça sofrida por Lula e da necessidade de que o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos da ONU e seus protocolos facultativos, aprovados pelo Congresso, sejam cumpridos. Isso significa que o Brasil tem de cumprir a determinação obrigatória da ONU, que exigiu que Lula seja candidato. “As leis estão sendo rasgadas no Brasil. Nós temos que nos comprometer em manter essa mobilização e acreditar na força do povo”, ressaltou.
Por fim, Haddad disse que o povo brasileiro sabe o gosto que tem um governo comprometido com as causas populares e o Nordeste está dando uma demonstração de cidadania. “Nós vamos ganhar o Planalto Central.”