Mesmo condenado, Feliciano faz fake news sobre transposição

Marco Feliciano está requentando fake news sobre quem fez a transposição do São Francisco, tirando um vídeo de Lula de contexto. Mas não há discussão: a obra foi feita pelo PT.

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Feliciano repete fake

O governo Bolsonaro não tem nenhuma obra relevante para apresentar ao eleitorado e tenta se apossar do projeto da transposição do São Francisco. Agora seu seguidor, o pastor Marco Feliciano, repete uma mentira antiga sobre quem fez a Transposição. Ele postou em seu perfil um recorte de Lula discursando em evento do PSB em abril, quando ele rememora o histórico da obra. Feliciano já foi processado por ficar promovendo mentiras atacando Lula e o PT e é conhecido por ser um abusador da fé. Já Bolsonaro incluiu a obra em sua propaganda política na TV e no rádio para tentar ligar seu nome ao projeto, sendo que pegou a obra com quase 90% do trabalho já realizado. Foi Lula quem tirou a obra do papel. Ele e Dilma realizaram 88% da Transposição, que leva água a mais de 300 municípios nordestinos que sofrem anualmente com a seca. 

Feliciano repete fake

Turma de Bolsonaro vive de repetir fake antiga

Não é a primeira vez que os bolsonaristas produzem fake news envolvendo a Transposição do São Francisco para atacar Lula e tentar promover Bolsonaro. Ainda em maio deste ano, um youtuber fez um vídeo que foi desmentido pelo Estadão, no qual dizia que 84% da obra teria sido feita por Bolsonaro. Enquanto que na realidade, mais de 90% da obra havia sido entregue antes de ele assumir. E, em julho, o mesmo trecho divulgado no último dia 14 por Feliciano, estava sendo propagado no Facebook. Eles mentem, são desmentidos e, depois, como não tem propostas ou feitos, requentam a mentira. 

A verdade sobre a Transposição do São Francisco


A realização da obra da transposição do rio São Francisco foi tirada do papel por Lula em 2007, quando começaram as obras. Sob seu governo e nos dois outros mandatos seguintes da presidente Dilma Rousseff, 88% da obra foi concluída e entregue ao povo (e só não foi concluída por ela devido ao golpe).  A porcentagem da obra realizada por Bolsonaro em quase 4 anos de governo é mínima e foi feita a passos lentíssimos: se todo o projeto tivesse sido feito por ele, iria demorar 43 anos para ficar pronto.

Como o próprio Lula relembra a cada vez que comenta sobre um dos projetos mais necessários para o interior do Nordeste, havia sido pensado já por Dom Pedro e só foi se realizar no governo dele. 

Confira trecho completo da fala de Lula:

“E nós provamos durante muito tempo que o Nordeste não era pobre por conta de algo intransponível, que a fome não era um fenômeno da natureza, que a falta d’água não era um fenômeno da natureza. A fome, a falta d’água, desemprego, a evasão escolar no Nordeste era falta de vergonha na cara das pessoas que governaram esse país durante tantos e tantos anos. Governador da Paraíba, você sabe que desde 1846, o imperador Dom Pedro queria fazer a transposição das águas, para levar água para o semi-árido nordestino e atender 12 milhões de famílias. E nunca conseguiu. Nunca conseguiu porque alguns governantes de alguns estados se achavam o dono do São Francisco […] As pessoas achavam que a gente ia secar o rio São Francisco […]Nós resolvemos enfrentar o desafio. Fizemos um canal de quase 640 km, que era para estar pronto bem logo depois que eu deixei o governo. E ele ficou pronto agora. O nosso governo, Alckmin, fez 88% das obras. No governo Temer foi feito 7% das obras. E esse cidadão que não preside esse país, o que ele preside são os milicianos que vivem em volta dele, ele terminou 5% da obra e está fazendo propaganda na televisão como se fosse ele que tivesse levado a água do São Francisco para a Paraíba, para o Rio Grande do Norte, para o Ceará, para o Pernambuco e para outros estados que precisavam dessa água. Nós conseguimos provar que era possível a gente consertar esse país e nós conseguimos provar que o pobre no Brasil não era o problema. Nós conseguimos provar que quando o pobre tivesse acesso a um pouquinho de recurso, quando o pobre deixasse de mendigar um prato de comida a cada dia, na hora que ele tivesse um pouquinho de dinheiro para comprar um chinelo, para comprar um bife, um pouquinho de feijão, a economia brasileira ia se desenvolver”.

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