Na mira da PF, bolsonaristas mentem sobre viagem de Lula ao Nordeste

Mesmo com decisão do TSE que proibiu as redes sociais de dar dinheiro a redes acusadas de espalhar mentiras, canais Bolsonaristas continuam funcionando

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O desespero bolsonarista ao ver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparado nas pesquisas de intenção de voto se mostra cada vez mais evidente. As redes de propagação de mentiras mantidas por Bolsonaro e por seus apoiadores intensificaram a produção de notícias caluniosas contra Lula, principalmente agora, em sua visita pelo Nordeste, mesmo sob a mira da Polícia Federal e sob sanções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mesmo com a decisão do TSE que proibiu as redes sociais de repassarem dinheiro a páginas bolsonaristas investigadas por fake news, a campanha difamatória e de baixo nível não para. Portais como o Jornal da Cidade Online, seguem postando fake news, acusações infundadas e vídeos distorcidos. As redes estão cheias de fake news sobre supostas vaias a Lula em restaurante em Recife (mentira requentada que circula desde 2017) e montagens com áudios falsos de vaias à chegada do ex-presidente.

Nesta semana, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral ministro Luís Felipe Salomão determinou que as empresas que administram redes sociais suspendam repasses de dinheiro a páginas bolsonaristas investigadas por disseminar mentiras.

A decisão atende a um pedido da Polícia Federal por um inquérito aberto para investigar as acusações sem provas feitas pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, o divulgador mor das fake news, de que as urnas eletrônicas não são confiáveis, colocando em dúvida o pleito de 2022 por não aceitar uma provável derrota por meios democráticos.

Segundo relatório da PF, os canais bolsonaristas na rede replicam uma estratégia de comunicação utilizada nas eleições de 2016 nos EUA, atribuída a Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, para atacar meios tradicionais de informação (jornais, rádio, TV…), como um meio de obtenção de lucro pela monetização oferecida pelas redes sociais.

Ficou estabelecido então que canais como Terça Livre, a página do movimento Nas Ruas e o próprio Jornal da Cidade Online não podem mais tirar proveito econômico de suas inverdades.

Vale notar que, após a decisão do TSE, canais bolsonaristas, como o Vlog do Lisboa, apagaram uma série de vídeos com fake news sobre urnas eletrônicas e ataques aos ministros do STF.