O que Bolsonaro realmente quis dizer quando falou que “acabou a mamata”

Bolsonaro mentiu quando disse que acabaria com a mamata, se eleito. Hoje, ele banca as próprias regalias e de seus aliados com dinheiro público.

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Bolsonaro se elegeu, em 2018, com o discurso de “combate à mamata” que ele dizia existir entre os políticos do Brasil. Infelizmente, aqueles que acreditaram nele foram totalmente enganados. Talvez Jair estivesse querendo dizer que ia usar dinheiro público para bancar motociatas, para passear de lancha com a gata, para botar fogo na mata ou para esbanjar em seu cartão corporativo Platinuam prata. O que importa é que, infelizmente, o povo paga e Bolsonaro gasta.

O “fim da mamata” de Bolsonaro inclui todo tipo de regalia possível pra si mesmo, sua família e seus aliados. Enquanto o povo brasileiro passa fome, vive endividado, na miséria e morre por Covid, o presidente se ocupa do próprio lazer.,

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Jair trabalha 20% menos do que um estagiário, já se ausentou de Brasília 15 vezes para curtir o litoral, vive bancando motociatas e todo o tipo de farra com dinheiro público. Uma auditoria feita pelo TCU mostra que ele gastou R$ 21 milhões com despesas secretas, entre janeiro de 2019 a março de 2021. Sim, ele impôs sigilo sobre a natureza das despesas, então ninguém sabe o que foi.

Gastar com motociata

Levantamento feito pela Folha de S. Paulo mostrou que, apenas em 2021, as motociatas de Bolsonaro custaram aos cofres públicos mais de R$ 5 milhões. Ao longo de 2022, esse valor provavelmente já foi superado – só a motociata da Sexta Feira Santa, em São Paulo, custou R$ 1 milhão de verba pública. De Maringá (PR) a Luís Eduardo Magalhães (BA), Bolsonaro segue gastando dinheiro público com campanha antecipada, muitas vezes sem usar capacete (o que, no Brasil de Bolsonaro, pode ser motivo por extermínio pelas forças policiais).

Passeio de lancha com a gata

asseando de moto ou flanando por aí de jet-ski, o presidente Jair Bolsonaro se comporta como um adolescente deslumbrado, enquanto o contribuinte pena com a inflação dos alimentos nas alturas, os seguidos reajustes do preço dos combustíveis, o desemprego e a volta da fome. Mesmo em meio aos inúmeros escândalos de corrupção no seu governo, o presidente parece estar sempre de folga.

Reportagem da Folha de S.P. revela que Jair faz do lazer uma rotina, mesmo em momentos em que o país está em crise. No dia em que o Brasil atingia 10 mil mortos pelo coronavírus, o presidente passeava de moto aquática pelo Lago Paranoá, em Brasília, enquanto Legislativo e Judiciário decretavam luto nacional. Hoje, são mais de 660 mil mortos.

Em 3 anos e 5 meses de mandato, por 15 vezes Bolsonaro esteve fora de Brasília, curtindo férias e feriadões nos litorais paulista, baiano e catarinense, de folga. A situação era muito diferente na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva: em seus primeiros 3 anos e 5 meses de mandato, Lula só esteve fora em três ocasiões (cinco vezes a menos od que Bolsonaro).

Estudo divulgado em abril chamado “Deixa o Homem Trabalhar” mostra que Bolsonaro cumpriu expediente médio de apenas 4,8 horas, 20% a menos do que um estagiário, desde que assumiu a presidência da República. Nunca na história do Brasil um presidente trabalhou tão pouco. A média de horas diárias trabalhadas em 2022 é ainda menor: são apenas 3,6 horas por dia.

Botar fogo na mata

Os anos do governo de Bolsonaro tiveram as mais altas taxas de desmatamento da última década. Entre 2018 e 2021, Bolsonaro promoveu crescimento de 72% do desmatamento Amazônia. Os números passaram de 7536 km² para impressionantes 13 mil km² em 2021. Apenas em 2021, foi desmatada uma área de 13.235 km², um aumento de 21,97%na taxa de destruição em relação ao ano anterior. E é a maior taxa já registrada desde 2006, época em que a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva promovia queda recorde de desmatamento, baseada em sólida política de proteção ambiental. Levando em conta que, historicamente, anos eleitorais têm um crescimento nessas taxas, espera-se de 2022 um recorde assustador. Isso sem contar os incêndios do Pantanal, a destruição do Cerrado e muito mais devastação.

O Brasil paga, e o Jair gasta

Todo mundo está sentindo em casa os efeitos: em um ano, os alimentos estão 15,38% mais caros. Só em abril, a inflação atingiu 78% de todos os produtos e serviços. A verdade é que as contas estão impagáveis. O gás de cozinha virou artigo de luxo e a fila do Auxílio Brasil tem inaceitáveis 1 milhão de família à espera de ter direito a um benefício que mal lhes garante tranquilidade para fechar o mês. Nesse cenário, só uma pessoa está se dando (muito bem) e aproveitando cada minuto da mamata do Executivo: o capitão censura, Jair Bolsonaro, que adora gastar no cartão corporativo.

Em 35 dias, Bolsonaro e Mourão gastaram R$ 4,2 milhões no cartão corporativo da presidência da República, entre 01 de abril e 05 de maio de 2022. Desde o início do ano, foram R$ 8,8 milhões no cartão. Nos 40 meses de mandato, foram R$ 38,4 milhões, o que equivale a R$ 32 mil por dia! Com o que Bolsonaro tanto gastou? Não se sabe. O presidente colocou sigilo de 100 anos nos gastos do cartão corporativo. Sem investigação não tem corrupção.

Uma auditoria sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU) revela gastos de R$ 21 milhões em cartões corporativos na gestão do presidente Jair Bolsonaro, com despesas secretas, entre janeiro de 2019 a março de 2021.