Papel do presidente é harmonizar a nação, diz Lula

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Em entrevista à rádio Progresso, da região cearense do Cariri, no começo da tarde desta quinta-feira (17), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o papel de um presidente da República é harmonizar a relação entre os entes federados, e não brigar com prefeitos e governadores, como faz o presidente Jair Bolsonaro.

 “Em vez de ajudar, ele começa a criar discórdia onde só deveria haver concórdia”, disse, acrescentando que o atual presidente briga até com os governadores do Nordeste que criaram o “extraordinário” Consórcio do Nordeste para, conjuntamente, melhorar a vida do povo da região. “Em vez de ajudar, de perguntar em que o governo federal pode ajudar, ele transforma os governadores em inimigos. Começa a xingar, começa a provocar”.

Lula afirmou que conversar com prefeitos e governadores é importante para saber as necessidades locais porque ninguém será feliz se a cidade não estiver bem.  “A vida da gente começa na rua da gente, no bairro da gente, na vila da gente, na cidade da gente.  O Brasil vai estar bem quando as cidades estiverem bem, os Estados estiverem bem e o povo estiver bem”.

Reconstruir o Brasil

O ex-presidente lembrou do legado do seu governo, com crescimento da economia, geração de empregos, investimento em educação, das creches à universidade, e em saúde, e pontuou que conquistas de dez anos foram destruídas “num minuto” por um governo que não cuida da economia, não cuida da pandemia, não cuida da educação nem da Saúde.  “Eu fico triste e ao mesmo tempo tomado de uma alegria muito grande porque tenho certeza que seremos capazes de corrigir os rumos do Brasil. Sei que temos tarefa gigantesca de recolher os cacos da destruição do atual governo e reconstruir o Brasil gerando empregos, reconstituindo salários, cuidando da saúde e da educação.

Especificamente sobre Educação, Lula destacou o desafio de recuperar em menor tempo possível o atraso a que crianças mais pobres foram submetidas durante a pandemia. “As que não tiveram aulas pela internet estão dois anos atrasadas com relação às que tiveram aula pela internet”.

Íntegra da entrevista: