Passagem de avião, legumes, combustível e leite: veja lista do que mais encareceu com Bolsocaro

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O que as passagens aéreas, o pepino e a cenoura têm em comum? Nos últimos 12 meses, foram esses os itens que mais encareceram no Brasil. É isso que mostra a relação das 50 coisas que ficaram mais caras no país por conta da inflação. Em 12 meses até junho, a passagem aérea assumiu a liderança entre os itens que mais subiram, acumulando um salto de 122,40%, seguida pelo pepino (95,81%) e pela cenoura (83,99%).

A inflação é uma dessas coisas cujos efeitos a gente começa a sentir bem antes de qualquer especialista ou jornal nos avisar que a coisa está ficando feia. Está na geladeira que não está mais cheia como antes, no tanque de gasolina que já não dá mais para completar e até nas roupas que deixaram de caber no orçamento. Na sexta-feira (8), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) provaram o que muita gente já sabe na pele: o custo de vida subiu e não foi pouco.

Já estamos há quase um ano com a inflação anual acima dos dois dígitos, é a primeira vez em quase 20 anos que o país vive uma sequência tão longa de inflação acima de 10%.

Mais de um terço dos 360 produtos e serviços pesquisados (67%) sofreram alta no último mês. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 0,67% em junho, após ter registrado alta de 0,47% em maio. No ano, a inflação acumulada é de 5,49%.

O que mais encareceu nos últimos tempos são os alimentos, mais até do que os combustíveis. Não é à toa que a insegurança alimentar tenha subido tanto, fazendo o Brasil voltar ao Mapa da Fome. É impossível manter um cardápio saudável e diversificado com a desvalorização do salário mínimo. Em muitos estados, ele nem sequer dá conta de comprar uma cesta básica.

Com Lula, salário mínimo crescia mais que inflação

Mas será que é possível um presidente fazer alguma coisa para impedir essa escalada impagável de preços? Sim, e não é pouca coisa. É literalmente responsabilidade do governo federal entender o comportamento do mercado e se preparar para intempéries do clima.

Nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a renda dos mais pobres cresceu mais do que a dos mais ricos, diminuindo a desigualdade. Entre 2002 e 2015, a renda cresceu para todas as classes sociais. A renda dos 20% mais ricos cresceu 23% nesse período, enquanto a dos 20% mais pobres cresceu 84%. Os três primeiros anos do primeiro mandato de Dilma foram certamente aqueles em que o Brasil teve o menor endividamento público nos últimos 40 anos, com índices de inflação entre os menores do período. Esses indicadores estavam associados às menores taxas de desemprego da série histórica.

Mas não só isso: o Salário Mínimo teve aumento de mais de 70% acima da inflação no período, e em todos os anos dos governos do PT, houve aumento real. A política de valorização, convertida em lei, previa a reposição da inflação do ano anterior e a variação do PIB de dois anos antes. 

Para Lula, a restauração das condições de vida da imensa maioria da população brasileira – os que mais sofrem com a crise, a fome, o alto custo de vida, os que perderam o emprego, o lar e a vida em família – é o primeiro e mais urgente compromisso de um possível novo mandato.

É tarefa prioritária coordenar a política econômica para combater a inflação e enfrentar a carestia, em particular a dos alimentos e a dos combustíveis e eletricidade.

Confira a lista de produtos que dispararam no preço nos últimos 12 meses:

Passagem aérea: 122,40%
Pepino: 95,81%
Cenoura: 83,99%
Abobrinha: 82,99%
Melão: 78,37%
Batata-inglesa: 76,01%
Morango: 75,03%
Mamão: 74,55%
Tomate: 67,04%
Transporte por aplicativo: 62,56%
Café moído: 61,83%
Cebola: 60,39%
Óleo diesel: 56,36%
Pimentão: 48,96%
Manga: 46,52%
Seguro voluntário de veículo: 40,18%
Maracujá: 38,31%
Leite longa vida: 37,61%
Mandioca (aipim): 35,48%
Repolho: 35,23%
Gás veicular: 34,97%
Alface: 34,20%
Melancia: 31,18%
Couve: 30,23%
Brócolis: 30,16%
Farinha de trigo: 29,74%
Banana-da-terra: 29,72%
Feijão-carioca (rajado): 29,61%
Banana-d’água: 29,42%
Óleo de soja: 29,34%
Tangerina: 28,51%
Açúcar refinado: 28,35%
Maionese: 27,96%
Móvel para copa e cozinha: 27,83%
Gasolina: 26,93%
Gás encanado: 26,89%
Gás de botijão: 26,88%
Maçã: 26,74%
Açúcar cristal: 26,58%
Revista: 26,38%
Banana-prata: 26,27%
Sabonete: 25,62%
Milho (em grão): 25,46%
Macarrão instantâneo: 25,40%
Margarina: 25,12%
Fogão: 25,03%
Pacote turístico: 24,61%
Laranja-lima: 24,33%
Tinta: 23,96%
Móvel para sala: 23,63%