Na Semana do Servidor Público, é importante lembrar um dos maiores inimigos declarados da categoria: o ministro da economia Paulo Guedes. O ministro da economia de Jair Bolsonaro já declarou publicamente que “todo mundo está achando que, tão distraídos, abraçaram a gente, enrolaram com a gente. Nós já botamos a granada no bolso do inimigo – dois anos sem aumento de salário”. A granada é o congelamento do salário e, o inimigo, o servidor público.
Em outra ocasião, Gudes disse (e acabou condenado a pagar R$ 50 mil a título de danos morais): “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”. Ele também pediu que eles “não assaltem o Brasil, quando o gigante está de joelhos e eles em casa com geladeira cheia”.
É de longa data, desde o início do atual governo, os ataques sistemáticos de Jair e Paulo contra os servidores públicos e, nessa história, acumulam-se granadas.
Desesperado com as pesquisas eleitorais, o presidente Jair Bolsonaro buscou há alguns meses ganhar pontos com os servidores federais ao sinalizar a concessão de 5% de reajuste dos vencimentos. Para evitar greves e paralisações que o prejudicariam na corrida eleitoral, o presidente tentou fazer as pazes com o funcionalismo que tanto criticou.
Bolsonaro tem também suas granadas a lançar no servidor público. Pesquisa realizada pela FGV, revelou os métodos de perseguição utilizados pelo governo Bolsonaro contra servidores públicos que discordam dele.
Entre as principais formas de perseguição estão a opressão física, administrativa ou moral e o silenciamento. Umas das táticas usadas é a mudança em procedimentos burocráticos, como forma de permitir que somente aliados tomem decisões importantes, a proibição de participações em reuniões ou eventos e a perseguição ideológica, devido a ideias apresentadas em reuniões de trabalho.
Em outubro do ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com servidores públicos e reafirmou ser contra a PEC 32. Na ocasião, Lula disse que o Brasil precisa de serviços públicos, de concursos e das empresas públicas para garantir a soberania nacional.
“Como é que a gente vai reconstruir este país se não tivermos o Estado brasileiro preparado com servidor público qualificado, decentemente remunerado para cuidar do atendimento da sociedade brasileira?”, questionou Lula, durante o encontro com sindicalistas. “A gente vai recolocar este país no lugar de onde ele não podia nunca ter saído. E pra isso, este país precisa de serviço público de qualidade.”
Para escolher um candidato à presidência da República, é importante olhar as pessoas que estão a seu redor. Com o desastre econômico de Bolsonaro, o culpado tem nome e sobrenome. O único jeito de desarmar a granada de Paulo Guedes e não reelegendo Bolsonaro, que já garantiu que da mão dele não larga. Por isso, no dia 30 de outubro, vote Lula 13!
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