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Só quem já passou fome sabe que o quanto dói: “Vou voltar pra mudar”, diz Lula

Café e farinha. Macarrão instantâneo. Arroz com ovo. Suco com bolacha. Para muita gente, isso é tudo o que tem para comer em um dia inteiro. Para muita gente, dói no estômago e no coração não ter o que colocar na panela ou dar aos filhos de comer. A fome é um problema real, e precisa ser levado a sério.

Não existe nada que justifique um país como o Brasil ter 33 milhões de pessoas passando fome. Não é normal que as pessoas não tenham o que comer. Não é aceitável que as crianças conheçam desde tão cedo o fantasma da miséria.

A fome avança e já passa a atingir mais de 33,1 milhões de brasileiros.  Em pouco mais de um ano, o número de pessoas que passam ao menos 24 horas sem ingerir nenhum alimento, no país, cresceu quase 50%, ou seja, mais 14 milhões de brasileiros passaram a conviver com a fome em suas casas por responsabilidade de Jair Bolsonaro.

A dor da fome é uma dor real. E 1 em cada 3 brasileiros já fez alguma coisa que lhe causou vergonha, tristeza ou constrangimento para conseguir alimento. 

Se o presidente negacionista quer negar que a fome é um problema real, seus apoiadores também não levam esse assunto a sério. Fazem piada, humilham e demonstram pouca ou nenhuma fraternidade com quem não tem nem o básico para viver.

Qualquer um que percorra as ruas das grandes cidades brasileiras vê cenas desesperadoras de famílias inteiras, mulheres e crianças vivendo sob passarelas, viadutos, em praças ou calçadas abarrotadas. Não há como negar o que está escancarado: o número de pessoas sem ter o mínimo para viver e que se veem em situação de rua aumenta a olho nu.

Desumano, Jair gosta de dizer que “não tem filé mignon para todo mundo“. Só esquece de dizer que ele próprio já defendeu publicamente que para os filhos, os amigos e os ricos, tem filé sim, e não é pouco. Quem não sentiu na pele e não conhece a fraternidade não pode deixar um país chegar ao ponto que chegou.

O que aconteceu com o país que já deixou o Mapa da Fome, em que comer bem era um direito, e não um privilégio? Não há resposta que dê conta do tamanho da tragédia. Não faz muito tempo que Luiz Inácio Lula da Silva provou bem provado que a fome não é um fenômeno da natureza, é resultado de escolhas e decisões políticas que deliberadamente excluem uma parcela importante da população de ter acesso a direitos básicos.

O combate à fome deve ter tratado com prioridade e urgência. Com Lula, o Brasil é um país em que a fartura está diretamente ligada à dignidade. Em que o Brasil saiu do Mapa da Fome, e em que cada mãe de família tinha o que dar de comer a seus filhos.

“Eu já morem em um quarto e cozinha com 13 pessoas, e tenho consciência do que o povo está passado. É este cidadão, que acaba de ficar emocionado, que quer ser presidente. E, se eu for, é para mudar.”

Lula

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