“A cadeira vazia demonstra que está sendo cometida uma injustiça”, diz Boulos em debate

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ilegalmente impedido, nesta sexta-feira (17/8), de participar de debate entre candidatos à presidência da República, em uma decisão que afronta a democracia. Como alternativa, a RedeTV! havia informado que deixaria um púlpito vazio com o nome de Lula durante todo o debate, mas não o fez. Em nota lida no início do encontro, a emissora informou que retirou o púlpito destinado ao ex-presidente a pedido de sete dos oito candidatos presidenciais.

O único candidato que foi contrário à decisão da retirada do púlpito foi Guilherme Boulos (PSOL), que sempre se posicionou na defesa da democracia, do direito de Lula ser candidato e de participar de debates. “O púlpito vazio é um ato simbólico. Ter a cadeira vazia demonstra que tem uma ausência e que está sendo cometida uma injustiça”, afirmou.

Lula foi impedido de participar do debate da RedeTV! na última sexta-feira (17/8), apesar de liminar da ONU determinando expressamente seu direito de ser candidato, de participar de debates, entrevistas, sabatinas e de ter seu nome nas urnas.

Petição à Justiça

Lula, enquanto candidato, tem o direito de apresentar à população seu plano de governo igualmente aos demais presidenciáveis e, baseado nisso, sua defesa apresentou, na tarde de sexta-feira (17/8), nova petição para conferir o seu direito à participar no debate eleitoral.

A defesa solicitou que o TSE reconsiderasse a decisão e reconhecesse o direito de Lula de participar do debate da RedeTV!, presencialmente ou por videoconferência. Porém, novamente, a Justiça impediu o candidato que o povo aponta nas pesquisas como o seu preferido para dirigir o país. A maioria dos brasileiros quer Lula na presidência para ter de volta seus direitos e conquistas retirados pelo governo ilegítimo que se apossou do Planalto após o golpe 2016.