Elas dominaram o Brasil e agora disputam espaço até com as becas nas formaturas país a fora. Elas, as toalhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornaram protagonistas de uma série de vídeos que tomaram as redes sociais e mostram formandos que homenageiam nessa noite especial o presidente que, ao lado de Dilma Rousseff, mais fez pela educação e o ensino superior na história.
Sem dúvidas, um dos grandes legados deixados pelos governos petistas foi ter aberto as portas do ensino superior a milhões de brasileiros. Nos 13 anos de governos petistas, as matrículas no ensino superior mais que dobraram. Em 2002, eram 3,52 milhões; em 2015, esse número saltou para 8,03 milhões. Isso só foi possível graças à adoção de um conjunto de políticas inclusivas e afirmativas.
As universidades públicas e os institutos federais, antes basicamente centralizados nas capitais dos estados, foram levados para todo o interior do país. Foram criadas 18 novas universidades federais e 173 câmpus universitários. Os institutos federais também tiveram uma grande expansão durante os governos do PT: foram construídas 500 unidades por todo o país, como mostram os mapas, muito mais do que as 140 que haviam sido criadas nos 100 anos anteriores.
Criado em 2005, o Prouni foca em bolsas de estudo integrais e parciais em instituições de ensino privadas e assegurou 1,9 milhão de bolsas até 2016. Financiamento com custo altamente subsidiado, o Fies beneficiou 2,71 milhões de estudantes.
Aliando esses programas ao Enem e ao Sisu, o perfil das universidades brasileiras mudou drasticamente e passou a mais negros e pessoas de baixa renda, que sempre foram excluídas do ensino superior.
Dentre os concluintes que fizeram o Enade em 2015, 35% eram os primeiros de suas famílias a ser diplomados. E a parcela de pessoas negras a ingressas na universidade praticamente triplicou durante os governos petistas, desempenho associado a maiores oportunidades proporcionadas também pela política de cotas adotada a partir de 2012, também durante os governos do PT.
Vale lembrar que foi também durante governos petistas que as matrículas em pós-graduação dobraram, acompanhadas de aumento em igual proporção no número de bolsas. Em 2011, a presidenta Dilma criou o programa Ciência Sem Fronteiras para estimular a integração da nossa formação e produção acadêmicas com o exterior. Foram concedidas 101 mil bolsas de estudo fora do Brasil entre 2011 e 2014. Em 2017, Temer acabou com o programa.
É todo um ecossistema de políticas de inclusão e diminuição da desigualdade que, infelizmente, foi sistematicamente atacado e desmontado por Bolsonaro. Uma das pastas com maior orçamento da Esplanada, o MEC virou um balcão de negócios escusos. Ainda assim, segue firme na memória e na vida de famílias que foram transformadas graças ao presidente que, hoje, estampa as toalhas mais famosas da República.
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