Trabalhador brasileiro compra menos e paga mais pelos produtos que leva para casa

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Com a disparada nos preços e inflação sem controle, o trabalhador brasileiro, mais pobre e endividado, vive pior, tendo que fazer escolhas na hora das compras, já que não dá para colocar no carrinho tudo o que comprava antes.

Segundo estudo da Consultoria Kantar, divulgado nesta terça-feira pelo Valor Econômico, no primeiro trimestre deste ano, o valor de uma cesta com 120 itens, entre alimentos, bebidas, limpeza doméstica, higiene e beleza, subiu mais de 13%, na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a quantidade de produtos no carrinho de compras diminuiu 5%.  A alta no preço médio por itens, segundo o jornal, foi de 13,7%.

Ainda de acordo o levantamento da Kantar, nos gastos fora de casa, o preço médio por produto avançou 11%, enquanto a quantidade consumida recuou 10%. Na hora de comer fora, o consumidor tem dado preferência a petiscos, que custam um quarto de uma refeição completa, que tiveram alta de 21%, custando em média R$ 43,94, diz a reportagem.

Em declaração ao jornal, a diretora comercial da kantar, Raquel Ferreira, disse que há uma combinação de aumento de preços com bolso mais apertado do consumidor e que a conjuntura afeta todas as classes de renda, mas as mais baixas são mais prejudicadas. “O consumidor acaba reduzindo o número de unidades compradas, não consegue acompanhar a alta da inflação”, disse.

O ex-presidente Lula tem repetido a necessidade de buscar soluções para o crescimento da economia, a geração de empregos e a recomposição da renda do trabalhador, que perde poder de compra, com reajustes abaixo da inflação. Lula aponta o combate à fome e a geração de emprego como prioridades em eventual novo governo.

O plano de governo do movimento Vamos Juntos pelo Brasil, da chapa Lula-Alckmin, que está sendo elaborado com participação popular, coloca o combate à fome, à inflação e à pobreza como prioridades urgentes, além da redução do custo de vida e a geração de empregos.

“O primeiro e mais urgente compromisso que assumimos é com a restauração das condições de vida da imensa maioria da população brasileira – os que mais sofrem com a crise, a fome, o alto custo de vida, os que perderam o emprego, o lar e a vida em família. São esses brasileiros e brasileiras que precisamos socorrer, tanto por meio de ações emergenciais quanto por meio de políticas estruturantes, desde o primeiro minuto de um governo que será eleito para reconstruir o Brasil, superar a crise presente e resgatar a confiança no futuro”, diz trecho do documento divulgado em junho.