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Valorização do salário e controle da inflação levaram a aumento recorde do poder de compra na era Lula. Já com Bolsonaro…

As calçadas ocupadas por famílias sem lar, recorde de desemprego e inflação e endividamento, a lamentável volta da fome e a estagnação dos salários não deixam dúvida de que o Brasil piorou. Bolsonaro será o primeiro presidente, desde o Plano Real, a terminar o mandato com o salário mínimo valendo menos do que no início de sua gestão. Nem de perto o cenário atual faz lembrar o país que, pelas mãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, saiu do mapa da fome da ONU,  valorizava o salário mínimo em lei e promovia a distribuição de renda e o controle da inflação, mesmo em períodos de crise econômica.

Desde que assumiu a presidência do país, Jair Bolsonaro atuou para empobrecer a população e desvalorizar a moeda. Quem ainda tem como consumir sente no bolso o impacto da tragédia econômica que avassala o país. A inflação dos alimentos que compõem a cesta básica superou 20% no acumulado de 12 meses, entre abril de 2021 e março de 2022.

É inegável que os carrinhos de supermercado estão cada vez mais vazios. Bolsonaro e sua trupe miliciana tentam transferir a culpa por esse cenário à pandemia e, agora, à recente guerra entre Ucrânia e Rússia. Mas a verdade é que, sob sua tutela, o poder de compra do brasileiro está em queda brusca há mais de 3 anos.

Aumento gradual do poder de compra

Comparação feita entre o que se podia comprar ao longo dos governos de Lula e do PT (2002, 2006, 2010 e 2016) e a partir da eleição de Bolsonaro (2018 e 2022) com os salários mínimos dos respectivos anos revela a discrepância do poder de compra nas duas gestões.

É visualmente perceptível, apenas olhando para o carrinho de supermercado, que o poder de compra da população brasileira nos governos petistas aumentou de maneira perene. Lula e Dilma priorizaram o povo, mantendo a inflação controlada, implementando a política de valorização do salário mínimo e criando empregos.

De 2002 para 2006, o salário mínimo passou de R$ 200 para R$ 350. A inflação, que em 2002 bateu os 12,53%, foi para 3,14% no último ano do primeiro mandato do presidente Lula, em 2006.

O compromisso com o controle do índice inflacionário possibilitou o acesso dos mais pobres a bens e serviços antes inalcançáveis. Como é o caso das 24 milhões de famílias que puderam comprar uma geladeira porque tiveram acesso à renda e à eletricidade. Dos 13 anos de PT, a meta da inflação foi cumprida em 12 deles.

Durante os governos do ex-presidente Lula e do PT, entre 2002 e 2016, o salário mínimo teve aumento real (acima da inflação) de 76%. Só nos dois mandatos de Lula, o aumento real foi de 57,8%. Além disso, 93,8% das categorias trabalhistas tiveram aumento maior do que a inflação no ano de 2010. A política de fortalecimento do salário mínimo, instituída com base em reajuste com reposição total da inflação mais o crescimento do PIB de 2 anos atrás, foi a principal ferramenta para ampliação da renda do trabalho e para redução da desigualdade.

Os governos petistas foram responsáveis também pela geração de 20 milhões empregos. O resultado foi a redução drástica do desemprego, que passou de 10,5%, no final do ano de 2002, para 4,3%, no final de 2013. Alcançando, assim, o que os economistas chamam de pleno emprego, quando a taxa de desemprego chega a um mínimo correspondente à movimentação dos trabalhadores e trabalhadoras entre um emprego e outro.

Todos esses fatores fizeram com que a renda média do brasileiro crescesse 38% acima da inflação. Entre os mais pobres, o crescimento foi ainda maior, atingindo 84%.

Poder de compra em queda brusca

Na gestão equivocada de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes acontece o oposto. Desde 2018, a moeda está enfraquecida e nada se faz para mudar o contexto econômico. Bolsonaro será 1º presidente desde o Plano Real a terminar mandato com salário mínimo valendo menos. A perda do poder de compra ao fim do governo será de 1,7%.

A gestão de Bolsonaro contraria a previsão constitucional de que o salário mínimo deve ser reajustado periodicamente para garantir seu poder aquisitivo, sendo obrigatória a recomposição da inflação. Ao contrário das gestões petistas, nos seus três anos de governo Bolsonaro o aumento salarial não teve nenhum ganho acima da inflação, freando o processo de elevação contínua da remuneração.

O peso do desleixo do governo atinge o bolso do trabalhador. Hoje, para comprar os mesmos produtos que se compravam com o salário mínimo de 2018, o cidadão teria que desembolsar R$ 1.600, ou seja, R$ 388,98 a mais do que o valor do salário mínimo atual. Isso mostra a tamanha desvalorização do real nos últimos quatro anos. Reportagem do G1 mostra que a perda do poder de compra em apenas dois aos foi de R$ 200.

Levantamento da agência de classificação de risco Austing Rating revela que entre as maiores economias do mundo, apenas o Brasil e a Turquia têm os índices de juros, inflação e desemprego acima dos 10%.

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