Após sabatina da Folha de S.Paulo, UOL e SBT, o candidato à presidência pela coligação “O povo feliz de novo”, Fernando Haddad (PT), nesta segunda-feira (17/09), conversou com jornalistas e afirmou que as reformas bancárias, fiscal e tributárias serão prioridade no seu governo. “São necessárias essas três reformas para tirar o país da crise econômica”.
O candidato explicou que a reforma bancária reduzirá juros para o comprador final e a reforma tributária aumentará a renda disponível das famílias de classe média e baixa para voltarem a consumir e reativar a economia. “A reforma tributária parte de dois princípios básicos: a isenção do imposto de renda para quem recebe até 5 salários mínimos e a volta da cobrança do imposto de renda de quem recebe dividendos”, disse o candidato. A isenção irá fazer com que as famílias injetem dinheiro na economia, aumentando o número de consumidores: “a economia precisa de consumidores, senão os empresários não contratarão trabalhadores”.
Ainda segundo Haddad, a reforma fiscal “abrirá espaço orçamentário para a retomada de algumas obras fundamentais para o aumento da produtividade da economia brasileira”. A reforma dos regimes próprios de Previdência também foi apontada por Haddad, uma vez que algumas unidades da federação estão com problemas para arcar com suas folhas de pagamento.
Sobre a questão dos preços da Petrobras, Haddad garantiu que retomará as políticas adotadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidenta eleita Dilma Rousseff. “Nossa política de preços, durante muitos anos, funcionou muito bem. Não queremos voltar as costas para a cotação internacional, mas é lembrar que a estatal Petrobras é uma empresa brasileira, dos brasileiros, e que ela tem um poder de monopólio muito grande no Brasil. Então, ela tem que olhar pros seus preços internos de produção. Nós vamos retomar a política de suavizar as grandes oscilações do mercado internacional”, declarou.
Sobre alianças com outros partidos em um eventual governo, Haddad disse que é preciso estar ao lado das forças democráticas. “Nós precisamos ter ao nosso lado as forças democráticas que querem consolidar um ambiente do estado democrático de direito”. O ex-ministro de Lula completou: “vamos fortalecer as instituições, uma agenda de Estado e promover reformas para o povo voltar a sonhar”.
Haddad lembrou ainda que Lula reiteradamente afirma que não troca sua dignidade pela sua liberdade. O que o ex-presidente quer é o reconhecimento de seu recurso nos tribunais superiores, uma vez que não há qualquer prova contra ele. Haddad disse que continuará lutando nas esferas nacionais e internacionais pelo reconhecimento da injustiça cometida contra Lula.
Ouça a íntegra da entrevista:
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