O ex-presidente Lula foi homenageado no Fórum Brasil África-Oportunidades, Cooperação e Desenvolvimento, realizado em Fortaleza de 9 a 11 de maio. Promovido pela Fundação Edson de Queiroz, da Universidade de Fortaleza, a Unifor, sob a coordenação do professor João Bosco Monte, o Fórum teve como objetivo discutir as possibilidades de desenvolvimento das relações comerciais entre o Brasil e seus parceiros africanos.
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Logo após a abertura solene do evento, o professor Bosco entregou a Celso Marcondes, coordenador-executivo do Instituto Lula, no ato representando o ex-presidente Lula, uma placa que ressaltava a importância do trabalho realizado por Lula em direção ao continente africano durante seus oito anos de mandato. Bosco, em seu discurso, ressaltou “a materialidade” das ações de Lula, que trouxeram benefícios concretos para a balança comercial de ambos os lados e uma expressiva melhoria nas relações diplomáticas, culturais e de cooperação.
Ao agradecer a homenagem, Marcondes fez uma apresentação do Instituto Lula e destacou que a ação do ex-presidente para intensificar as relações entre o Brasil e a África mantinha sua continuidade, como uma das principais missões do Instituto.
O seminário
Durante três dias, o Fórum recebeu embaixadores de países africanos, empresários, estudiosos, autoridades e estudantes para debater os mais diversos aspectos das relações entre brasileiros e africanos.
Nas mesas de trabalhos, participaram representantes da Prefeitura de Fortaleza, do Governo do Ceará, do Ministério das Relações Exteriores, das embaixadas africanas, do BNDES, do Banco do Nordeste, da Apex, de universidades e diferentes empresas, tanto brasileiras com negócios na África, como africanas com atuação no Brasil.
Um consenso nas apresentações dos palestrantes foi a opinião de que o momento é extremamente propício para a intensificação dos negócios entre o Brasil e a África. A coincidência dos bons momentos econômicos vividos dos dois lados do Atlântico tem aberto oportunidades inéditas para acordos comerciais, assim como ações de cooperação a envolver os governos.
Também no terreno da diplomacia foram constatados avanços visíveis, como a contínua abertura de novas embaixadas brasileiras em países africanos e destes em Brasília, como atestaram os nove embaixadores africanos presentes ao encontro.
Como um problema sério a limitar as relações, vários debatedores assinalaram a questão da escassa oferta de transportes aéreos. Hoje são raras as linhas a ligar regularmente os dois continentes, apesar da relativa pouca distância entre eles. Os cearenses lembraram que apenas 3 horas de voo separam a cidade de Fortaleza da ilha de Cabo Verde, na África, linha hoje explorada por uma empresa cabo-verdiana. Além dela, os angolanos da TAG, os sul-africanos da South African e os portugueses da TAP também registram voos regulares a unir os dois continentes, mas não há qualquer linha explorada por companhias aéreas brasileiras.
Ao final dos três dias de seminário, o professor Bosco foi instado por vários participantes a dar continuidade à iniciativa e marcar novos encontros similares.