Inflação se espalha e agora também chega ao guarda-roupa dos brasileiros

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Após chegar às cozinhas, supermercados e postos de gasolina, a inflação agora atinge também o guarda-roupas do brasileiro. No acumulado de 12 meses até maio (último mês com dados já divulgados), os preços de roupas, calçados e acessórios somaram alta de 16,08% pelo IPCA, a maior dos últimos 27 anos, desde julho de 1995, quando o índice ficou em 18,68%.

A disparada nos preços tem provocado dificuldades diversas para a população em geral, mas especialmente para os mais pobres que ficam, inclusive, sem o que comer. Existem hoje no Brasil 33 milhões de pessoas com fome e mais de 100 milhões com algum problema de segurança alimentar.

A fome, a inflação e o alto custo de vida são preocupações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, o controle da inflação é primordial para recuperar o Brasil. “Controlar a inflação é uma obrigação para garantir ao povo trabalhador o seu poder de compra, o seu poder aquisitivo, para que as pessoas não tenham que piorar a qualidade da sua comida a cada dia”, disse, em entrevista recente.

O tema também está entre as principais diretrizes do programa Juntos Pelo Brasil: Uma delas aponta que o primeiro e mais urgente compromisso é com a restauração das condições de vida da imensa maioria da população brasileira – os que mais sofrem com a crise, a fome, o alto custo de vida, os que perderam o emprego, o lar e a vida em família. 

“São esses brasileiros e brasileiras que precisamos socorrer, tanto por meio de ações emergenciais quanto por meio de políticas estruturantes, desde o primeiro minuto de um governo que será eleito para reconstruir o Brasil, superar a crise presente e resgatar a confiança no futuro”.

Em outro trecho, o programa também reforça o “compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável com estabilidade, para superar a crise e conter a inflação, assegurando o crescimento e a competitividade, o investimento produtivo, num ambiente de justiça tributária e transparência na definição e execução dos orçamentos públicos, de forma a garantir a necessária ampliação de políticas públicas e investimentos fundamentais para a retomada do crescimento econômico”.

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