O Instituto Lula recebeu neste dia 10 de fevereiro, Gérard Fuchs, ex-deputado e diretor da Fundação Jean Jaurès ligada ao Partido Socialista francês, e Arthur Saraiva Ferreira, também da Fundação. Eles convidaram o ex-presidente Lula para participar dias 10 e 11 de abril próximo, em Paris, da Conferência Internacional sobre a Mudança do Clima.
Ela será preparatória da “Cop 21”, a grande conferência mundial da ONU, que pretende chegar a um acordo global sobre mudanças climáticas para ser validado a partir de 2020 e substituir o Protocolo de Kyoto, de 1997.
A “Cop 21” também acontecerá em Paris, de 30 de novembro a 11 de dezembro deste ano e tem recebido toda a atenção do presidente francês, François Hollande.
Os dirigentes da Fundação Jean Jaurès percorrem o Brasil para ajudar a divulgar os temas que estarão em debate em Paris. Eles se reunirão também com acadêmicos, com representantes do governo brasileiro, da Fiesp, da Confederação Nacional da Agricultura e de movimentos sociais.
Para os franceses, há uma grande expectativa a respeito da contribuição que o Brasil pode aportar aos debates. Eles selecionaram nosso país como um de seus alvos principais de um circuito internacional que desenvolvem agora. Já estiveram na Índia e no Chile, daqui seguirão para os Estados Unidos e para dois países africanos, o Níger e o Mali.
Na reunião em São Paulo também estiveram presentes os dirigentes da Fundação Perseu Abramo, Iole Ilíada, Kjeld Jakobssen e Mila Frati, além de Celso Marcondes, diretor do Instituto Lula. As duas entidades são parceiras dos franceses há algum tempo e já realizaram várias atividades em comum.
A conferência preparatória de 10 e 11 de abril está sendo convocada também pela “Fundação Europeia de Estudos Progressistas”, a FEPS, e pela “Fundação Progressistas pelo Clima”. Ela é apoiada pelo governo da França.
Além de Lula, foram convidados a participar das mesas de trabalho o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, o presidente do IPCC, o “Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima”, Rajendra K. Pachauri, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva e o ex-presidente do Chile, Ricardo Lagos.
Segundo Fuchs, a conferência preparatória da “Cop 21” deve ser “mais política” e debater as implicações que uma nova agenda climática pode ter nos países em desenvolvimento. Por conta disso, Lula foi convidado a dar uma palestra sobre as políticas públicas brasileiras aplicadas no campo e suas possibilidades de contribuir com a produção de alimentos e o combate à fome na África.
Os franceses também convidaram o Instituto Lula e a Fundação Perseu Abramo para participar de uma reunião, paralela à conferência de Paris, com outras fundações progressistas que atuam em países membros do G20.
