Facebook e Instagram finalmente proíbem anúncios atacando urnas. E as fakes?

Depois de muita pressão, e de verem expostas suas falhas de moderação, Facebook e Instagram finalmente passam a barrar anúncios com ataques às urnas. Falta esse cuidado com as fakes que atacam candidatos.

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No mesmo dia em que o novo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, tomou posse prometendo não tolerar notícias falsas e mentiras ao longo do processo eleitoral, a Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram, avisou que vai proibir anúncios que questionem a legitimidade do pleito, como informa o jornal O Globo. Finalmente.

Mesmo tendo uma política que, teoricamente, proíbe a veiculação de notícias falsas, o Facebook se mostrou incapaz de identificar e bloquear anúncios com conteúdo mentiroso sobre urnas e as eleições. Também não foi capaz de barrar aqueles feitos por perfis falsos e sem identificação. 

As duas falhas ficaram provadas após a Global Witness fazer um teste para colocar a “peneira” do Facebook à prova. A empresa falhou. Por sua vez, dados levantados pelo NetLab, núcleo de pesquisa da Faculdade de Comunicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), também confirmaram a fragilidade do sistema de moderação da Meta. 

Finalmente o Facebook irá proteger as urnas. E os candidatos?

A publicação dessas pesquisas e a pressão da sociedade civil organizada por medidas mais efetivas de combate à desinformação, enfim, fizeram algum efeito. Afinal, é de conhecimento público que o Facebook não tinha um sistema adequado de moderação de conteúdo em português, mesmo que o Brasil seja um dos países com mais usuários na rede em todo o mundo. 

Também é sabido que o processo eleitoral vem sendo atacado por Bolsonaro e seus seguidores desde antes dele assumir a presidência, em 2018. Em vários discursos ele argumenta, sempre sem provas, que as urnas eletrônicas seriam suscetíveis a fraude. É mentira. 

A nova diretriz da Meta é providencial a menos de 50 dias das eleições. Será que dessa vez vai funcionar? E mais: de que adianta proteger as urnas e deixar os candidatos à mercê da mesma disseminação sistemática de fake news? O Brasil quer saber. 

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