Bolsonaro admite o uso de fake news: “faz parte das nossas vidas”

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Que Jair Bolsonaro é o Capitão Mentira não é novidade para ninguém. O atual presidente da República não apenas se elegeu devido à disseminação em massa de fake news, como também vem fazendo das mentiras a sua única estratégia de governo. O escárnio a que Bolsonaro submete o país é tanto que ele nem tem mais vergonha de admitir, entre risos, que espalha fake news e acha isso normal.

Na tarde desta terça (14), em cerimônia de entrega de prêmios para celebridades da comunicação, Bolsonaro naturalizou a produção e a propagação de fake news. O presidente genocida afirmou, rindo, que “fake news faz parte da nossa vida. Quem nunca contou uma mentirinha pra namorada? Se não contasse, a noite não ia acabar bem”.

Alguns dos agraciados com o prêmio, voltado para “autoridades, personalidades e instituições nacionais e internacionais que contribuíram para o avanço das telecomunicações e da radiodifusão no país” são, pasmem, o próprio presidente, seu filho, o senador Flávio Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Entre os premiados também estão a consultora jurídica do Ministério das Comunicações (emblemático, não?) e 12 ministros de Estado.

Bolsonaro admite que a verdade não o beneficia – devido à sua desastrosa gestão de morte e destruição. Assim, para “a noite acabar bem”, ou seja, para tentar continuar enganando o povo, ele e seus parceiros não param de mentir. Estudos nacionais e internacionais apontam que, desde que assumiu a presidência, Bolsonaro mente entre quatro e cinco vezes por dia. O pior é que as mentiras de Bolsonaro, garoto propaganda da cloroquina e do kit covid (remédios sem nenhuma eficácia comprovada), matam. Mais da metade das 580 mil mortes de brasileiros poderiam ter sido evitadas, não fosse a postura negacionista do presidente.

Entre as iniciativas de Bolsonaro para garantir que as fake news continuem sendo propagadas está o decreto que altera o Marco Civil da internet, reconhecido como uma das legislações mais avançadas mundialmente, com o objetivo é impedir que redes sociais removam conteúdo mentiroso e de ódio. Também nesta terça (14), o presidente do Senado devolveu a medida provisória, que perde então sua validade.

A fala de Bolsonaro durante a primeira edição do Prêmio Marechal Rondon de Comunicações torna ainda mais patente a política de comunicação do atual governo: a desinformação. Diante de intervenção de alguém da plateia, que afirmou que Bolsonaro sofria com fake news, o presidente ainda completou, ironicamente: “Quem, eu? Eu que mais sofro com fake news, é isso mesmo?”. Além dessa confissão explícita de culpa, o que mais falta para parar os desmandos do Capitão Mentira?

Entenda como funciona a fábrica de mentiras de Bolsonaro.