Bolsonaro aumenta sua mentira sobre auxílio

Bolsonaro conta mais uma mentira ao dizer que vai subir o auxílio emergencial para R$ 800.

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Bolsonaro mente de novo sobre o Auxílio Brasil: ele anunciou um valor de R$ 800 em sua propaganda política veiculada na quinta (8) na rádio e na TV. Mentira grosseira! Ele não tem nem como pagar os R$ 600 que já vinha prometendo. O Verdade na Rede já havia mostrado que a verba para esse valor do benefício não está no Orçamento para o próximo ano, enviado pelo atual governo para ser aprovado pela Câmara e pelo Senado. E também mostramos que o auxílio de R$ 600 acabará em dezembro. Além da data final do benefício estar indicada na lei que o criou, o próprio Bolsonaro confirmou o fim do benefício em uma live, com todas as letras. Bolsonaro parece se esquecer de que é o Presidente da República há quase 4 anos. Se quisesse de verdade ajudar o povo, ele já teria feito isso.

Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff, afirma: “É mentira que não podia ter emprego e receber o Bolsa Família. O critério para estar no Bolsa Família sempre foi renda. Podia ter emprego com ou sem carteira. O Bolsa Família tinha uma regra que garantia que as pessoas podiam aumentar sua renda do trabalho e continuar contando com o programa por até dois anos. Essa regra existia exatamente para que ninguém tivesse medo de arrumar um emprego e ficar sem o Bolsa de uma hora pra outra”. Tanto é verdade que o Censo de 2010 apontou que 75,6% dos beneficiários do Bolsa Família estavam trabalhando (três em cada quatro pessoas) e que mais 1,8 milhão se matricularam em cursos de capacitação Pronatec-Brasil Sem Miséria.

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Lula já fez uma vez e vai fazer melhor agora

Já Lula, se eleito, terá condições políticas de rearranjar a proposta de orçamento. A política social é prioridade para Lula. Ele próprio diz que é preciso colocar o pobre no orçamento, para aquecer a economia e gerar emprego. Assim como fez quando criou o Bolsa Família. E até sobre o sucesso do programa Bolsonaro insiste em mentir. Na mesma propaganda que começou a circular nesta quinta (8), ele mente ao dizer que, no governo do PT, para receber o Bolsa Família, o beneficiário não podia trabalhar.

Também é importante lembrar que Lula sempre teve responsabilidade fiscal em todos os seus governos e não colocou nenhum tipo de sigilo sobre suas ações, muito menos de 100 anos. Bolsonaro nunca teve interesse em criar políticas sociais para o povo, não previu isso em sua proposta de orçamento para 2023 e não há por que acreditar que ele o fará se eleito.

Bolsonaro mente e é preconceituoso

Bolsonaro mente para seus eleitores e engana pessoas que estão na situação vulnerável da pobreza. Ele fez a mudança na promessa agora, a poucos dias das eleições, e depois que a última pesquisa de intenções de voto mostrou que ele segue atrás de Lula nas pesquisas. Os R$ 200 reais adicionais que ele supostamente daria para quem já recebe o auxílio de R$ 600 seria somente para pessoas que já estiverem no mercado de trabalho. Ao ficar repetindo a ladainha sobre “dar o peixe” ou “ensinar a pescar”, Bolsonaro só mostra que tem preconceito com os pobres, dando a entender que acha que uma pessoa é pobre porque não trabalha. E ainda demonstra extremo desconhecimento da realidade social e econômica do país.

O Auxílio é fruto da pressão dos partidos de esquerda

Se Bolsonaro quisesse mesmo ajudar o povo, teria feito isso desde o começo de seu governo. Não custa lembrar que em plena pandemia, quando milhões de brasileiros ficaram desempregados ou sem ter como trabalhar para garantir a sobrevivência, Bolsonaro foi contra o auxílio emergencial e chegou a propor que fossem pagos apenas R$ 200 e por apenas três meses. Por que ele quer aumentar o valor e manter o benefício só agora às vésperas da eleição? Quando era candidato em 2018, Bolsonaro prometeu criar o 13º Salário para o Bolsa Família. Criou? Não! Ele deu o abono uma única vez.

O Bolsa Família trazia desenvolvimento para além do econômico

Além de complementar a renda do trabalhador, o Bolsa Família tinha contrapartidas importantes para o desenvolvimento como um todo. Era preciso que as famílias mantivessem as crianças na escola para receber o auxílio. Além da frequência escolar, as crianças precisavam estar com a vacinação em dia e as gestantes faziam o pré-natal, o que garantia mais saúde para toda a família. Além de ter projeto para reinserir as mães no mercado de trabalho. Tereza Campello relembra que: “Os 30% fora do mercado de trabalho eram em geral mulheres com filhos pequenos. Por isso, no Brasil Carinhoso, estávamos expandindo as creches e escolas de educação infantil, que garantia direito a escola e ao mesmo tempo oportunidade para as mulheres que queriam estudar ou trabalhar.”

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