Em encontro hoje (5) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater desafios e parcerias estratégicas entre Brasil, Alemanha e União Europeia, o ex-presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz afirmou que ele e muitas outras pessoas no mundo querem que o Brasil volte a ocupar o protagonismo no debate internacional em defesa da cooperação entre as nações, para solução dos problemas globais e para garantia da paz no século 21.
Segundo Schulz, o Brasil exerceu muito bem esse papel nos tempos em que Lula presidiu o país e liderou um movimento de cooperação internacional. “Ficamos encantados com a política do Brasil nas duas primeiras décadas do século, com você como presidente. A política do Brasil defendia essa ideia, e outros países concordavam em resolver os problemas globais através de mais cooperação”, disse o alemão, acrescentado que essa política está ligada diretamente ao nome do petista e a sua política.
“Você sempre foi exemplo brilhante daquilo que a política de esquerda deve representar. De um lado, visões que não se esgotam em debates teóricos, mas visões transformadas em políticas práticas, em ações. Por outro lado, chegar ao topo e continuar sendo a mesma pessoa. Isso é fantástico e você conseguiu esse feito”, disse Schulz a Lula, no encontro que reuniu pesquisadores e lideranças de esquerda alemães e brasileiros, em São Paulo. O encontro foi promovido pela Fundação Perseu Abramo e pela Fundação Friedrich Ebert (FES), presidida por Schulz.
Espírito jovem
Uma das lideranças internacionais a visitar Lula em Curitiba, por ocasião dos 580 dias de prisão política, Schulz afirmou também que o ex-presidente brasileiro, apesar de ser mais velho do que ele, tem ideias jovens aos 76 anos e se importa com o futuro. “Lula tem 11 anos a mais do que eu, mas quando converso com ele, falo com um jovem que se importa com o futuro. É essa minha impressão. Lula, realmente, é uma exceção espantosa. Um dos motivos porque eu acho que ele realmente é uma benção para a esquerda do mundo. Uma pessoa com sua idade e sua experiência, mas que tem a mente aberta, fresca”, declarou.
De acordo com o ex-presidente do parlamento europeu, que também se definiu como alguém que se importa com o futuro, qualquer político hoje deve examinar suas ações à luz das implicações que elas terão sobre as gerações futuras. Não é só o que faço para a geração atual porquê vai implicar nas próximas gerações. Se a gente tiver essa atitude de espírito que a gente tem no Lula, acho que a juventude do Brasil está bem servida porque o espírito de Lula é jovem”.
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