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Com Lula, recorde de consumo de carne. Com Bolsonaro, menor consumo em 25 anos

Ai, que saudade de um churrasco! No Brasil de Bolsonaro, com a inflação dos alimentos batendo recorde, a carne virou artigo de luxo. Em 2021, o consumo de carne bovina no país foi o menor em 25 anos. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o consumo caiu para 26,5 quilos por habitante ao ano, um recuo de 40% na comparação com 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando houve recorde de consumo de 42,8 quilos por habitante.

Infelizmente, a redução do consumo não aconteceu apenas com relação à carne bovina. A fome volta a assolar o país – são 116 milhões de pessoas em insegurança alimentar e 85% dos brasileiros deixou de consumir algum alimento em 2021. Segundo dados do Datafolha, ao longo de 2021, 34% das pessoas não come mais arroz, 36% deixou de consumir feijão e a carne sumiu do prato de 67% dos cidadãos.

A inflação de abril bateu novo recorde e é a maior em 26 anos, chegando a 1,06%. O índice acumulado é de 12,63%, puxada por alimentos e bebidas, que subiram mais do que a inflação. Em um ano, a cenoura subiu 178%, o tomate 103%, a abobrinha 102%. Em abril, a inflação atingiu impressionantes 78,3% de todos os produtos monitorados pelo IPCA.

De maio de 2021 a abril de 2022, a picanha aumentou 15,4%, o filé mignon subiu 26,54% e o frango encareceu 21,32%. O fígado (19,35%), o contrafilé (15,66%) e a alcatra (13,17%) também aumentaram mais do que a inflação.

Lula e a carne no prato

A grande obsessão de Lula sempre foi por acabar com a fome no Brasil. Em seu discurso de posse, em 1 de janeiro de 2003, ele afirmou: “se, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”. Dito e feito. O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU em 2014, graças às políticas sociais implementadas pelos governos de Lula e Dilma. Foram eles que implementaram políticas sociais transformadoras que, a exemplo do Bolsa Família, se tornaram modelo mundial no combate à fome e à pobreza.

Lula transformou a valorização do salário mínimo em lei, fruto de construção conjunta com os movimentos sindicais. A lei garantia garantia o reajuste real do salário mínimo por meio de sua correção a partir da variação do PIB do ano anterior somada ao repasse da inflação do período. Assim, de 2002 a 2015, o aumento real do salário mínimo (ou seja, acima da inflação do período) foi de 76,54%. Esse foi um dos principais fatores responsáveis por manter a economia aquecida durante a crise internacional iniciada em 2008 e pela inclusão social.

De todas as mudanças que Lula promoveu no Brasil, o combate à fome é, certamente, a mais expressiva. Ele se tornou reconhecido internacionalmente por isso.

O consumo de carne também aumentou ao longo do governo. O recorde de consumo de carne no Brasil, inclusive, aconteceu no governo Lula, em 2006. Foram 42,8 kgs por habitante ao longo do ano, quase 40% a mais do que o consumo de carne em 2021.

Entre 2002 e 2010, o consumo geral das famílias aumentou R$ 500 bilhões, passando de R$ 1,47 trilhões para R$ 1,97 trilhões. A expansão foi resultado da política econômica de crescimento com inclusão social promovida por Lula, com fatores como crescimento econômico, expansão do crédito, geração de empregos formais (foram 15 milhões só neste período), aumento dos salários, câmbio valorizado e inflação controlada.

E não foi só o consumo interno que aumentou com Lula. Em 2006, a balança comercial brasileira teve superávit recorde de US$ 46,77 bilhões, com exportações atingindo US$ 137,4 bilhões.

Em 2010, o agronegócio correspondia a 23,54% do PIB nacional. Entre 2002 e 2010, orçamento da União para a produção rural quadruplicou, passando de R$ 24,7 bilhões para R$ 116 bilhões, e o volume de recursos de apoio à comercialização aumentou dez vezes entre 2003 e 2010.

Nos governos de Lula e do PT, o Brasil consolidou sua posição de liderança mundial na exportação de carne bovina, café, açúcar, suco de laranja, carne de frango, soja em grãos e milho. Tudo isso sem desabastecer o mercado interno, tirando o país do Mapa da Fome e incluindo 32 milhões de família na classe média.

Já com Bolsonaro…

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