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Crianças são mais atingidas pela fome no governo Bolsonaro

A fome está mais presente nos lares em que vivem crianças com menos de dez anos: essa foi a constatação a que chegou a segunda etapa do Vigisan (Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia covid-19 no Brasil), realizado pela Rede Penssan.

De acordo com o levantamento, 37,8% dos domicílios onde moram essas crianças enfrentam insegurança alimentar grave ou moderada, ou seja, passam fome ou têm uma dieta insuficiente. O percentual é 7 pontos maior do que a média nacional, de 30,7%, quando levados em conta todos os domicílios.

Divulgada em junho, a primeira fase da pesquisa mostrou que, hoje, 33 milhões de pessoas não têm o que comer no Brasil. É comum que a fome atinja as crianças com mais severidade, ainda que em diferentes graus de insegurança alimentar, porque as demandas nutricionais delas são maiores.

Quase 60% de brasileiros, hoje, vivenciam a fome

Ainda de acordo com a Rede Penssan, 28% dos brasileiros vivem um grau leve de insegurança alimentar (quando a família tem preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, com qualidade inadequada resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos); 15,2% vivem em insegurança alimentar moderada (quando há redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos); e 15,5% vivem em insegurança alimentar grave (quando há redução quantitativa de alimentos que chega até entre as crianças e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos).

Programa de Bolsonaro não pensou nas crianças

Um dos fatores que contribui para essa situação com as crianças é reflexo do novo recorte do Auxílio Brasil, o programa feito pelo governo Bolsonaro em substituição ao Bolsa Família. O Auxílio tem muitos gargalos, que deixaram milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade sem assistência. E mais, o novo recorte não levou em conta o número de crianças vivendo em cada lar.

Sendo assim, uma residência com um adulto recebe o mesmo valor que um lar onde moram várias crianças com a mãe, por exemplo, um total de R$ 600.

Bolsonaro se elegeu com o discurso de defender a família, mas nunca defendeu as crianças, e hoje elas sofrem com o resultado do descaso do seu governo e com a inaptidão para governar. O Bolsa Família, o programa de distribuição de renda mais famoso do mundo e destruído por ele, foi um sucesso porque levava em conta as particularidades de cada lar para estabelecer o valor do benefício.

Programas do PT ofereciam rede de apoio completa ao desenvolvimento infantil

Além disso, oferecia mais do que dinheiro, tinha como contrapartida a necessidade de manter as crianças na escola e acompanhar a saúde dos pequenos regularmente. Foi um programa completo e sucesso mundial, que será retomado e melhorado pelo próximo governo Lula, caso saia vitorioso das próximas eleições.

Para além do Bolsa Família, foi criado o programa Brasil Carinhoso, em 2011, que consistia na  transferência automática de recursos financeiros para custear despesas com manutenção e desenvolvimento da educação infantil, contribuir com as ações de cuidado integral, segurança alimentar e nutricional, além de garantir o acesso e a permanência da criança na educação infantil.

Com esse complemento de renda, o programa retirou mais de 8 milhões de crianças e adolescentes da miséria. O Brasil Carinhoso foi extinto ainda no governo Temer e hoje não há mais suporte às prefeituras com repasse de recursos.

É válido ressaltar ainda que os programas sociais e as políticas públicas desenvolvidos e implementados durante os governos Lula e Dilma atuaram em conjunto na proteção das crianças brasileiras. O programa de Cisternas, por exemplo, teve impacto positivo na nutrição e também no combate à mortalidade infantil. O combate ao trabalho infantil, prioridade dos governos petistas, foi fundamental para a garantia de qualidade de vida aos pequenos.

Um Brasil que tem crianças com fome não tem futuro

Hoje, as crianças voltaram a conhecer a dor da fome por aqui. Uma dor conhecida também por Lula, desde quando era muito pequeno. E é por já ter visto a fome de perto e sentido na pele que Lula mantem o seu compromisso de garantir três refeições diárias a todos os brasileiros e brasileiras, e que nossas crianças tenham uma alimentação adequada para o seu desenvolvimento.

Pensar no Brasil que queremos é, principalmente, pensar no amanhã, e criança de barriga vazia não tem perspectiva nenhuma de futuro. Essa é uma realidade que Lula, um verdadeiro patriota e defensor da família, já mostrou que é possível mudar uma vez, e vai mudar de novo.

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